Cobrança?
Confesso: Eu estou em dificuldade. Tenho tentado definir essa pessoa mais que especial e, por tamanha ousadia em querer definir tanta peculiaridade, tanta particularidade e conteúdo, me sinto acometida de certa infertilidade criativa. A completude por si só se define. Quem ousa querer dissecar a completude!? Certamente dificuldade é o que não faltará. Ao mais criativo poeta/escritor. O que dizer de um aprendiz do ofício como eu. Quem não é tocado pela completude? Eu, de tão tocada necessito expurgar essa inquietação, esse desassossego. Essa necessidade enfim, de definir sentimentos despertados e colocá-los em situações viáveis.
De enfim redefinir um momento tocante, tudo minuciosamente como se fora um quebra cabeça daqueles grandes e complicados, que depois de montados revelam uma imagem nítida, completa e bem definida, e lógico, no mínimo, bonita. Sim, porque o primeiro encontro foi visceralmente marcante. Encrustou em minhas entranhas mais inatingíveis e íntimas, impressões impossíveis de serem ignoradas, requerendo definições urgentes, gerando inquietação, pensamento constante, mente viajante dentro das impressões recebidas e concebidas. Quem seria esse ser? Por mais que tenham me tocado as primeiras impressões, e tocaram fundo mesmo, como poderia defenir alguém a quem apenas tivera a oportunidade de ver tão poucas vezes. Que exigência é essa dentro de mim, cobrando definição de sentimentos ou impressões? Mais confusa ainda me pergunto: Definir-me, ou defini-lo? Pessoa, ou sentimento? Completude em si ou em ti? Ou será um condão mágico que une dois polos alterando todo um duplo contexto?
Confesso: eu estou em dificuldade.