Colorido

Fim de ano e tudo parecem estar conforme o gosto popular, festas, bebedeiras e dias longos com muito sol, esses que vão até as 8 horas da noite. Tudo é possível nessas tardes de verão, tudo é realidade. Mas não consigo achar em meus sonhos e a felicidade que me contagia, nem meus pelos exalam o suor da felicidade e a velha pergunta volta à tona, não tenho nunca a resposta e pelo visto nunca a terei.

Então continuo minha caminhada diante de faróis coloridos, o vermelho me mostra sempre o terror do habito amaldiçoado da pressa de meus pés, o verde me deixa livre de qualquer obstáculo e quando os tenho a fúria toma conta do meu ser, mas logo acalmo; o amarelo até hoje não me causa nenhum tipo de sentimento, a não ser o de Ufffa! Nem menos nem mais do que isso, tudo segue e nada prossegue diante da insegurança de nossas falas e prefiro me calar diante dos seus ouvidos, assim posso entender o que passa no seu olhar e vejo que não passa nada mais do que luzes e presentes todos embrulhados em papéis coloridos, mera coincidência se formos pensar nas cores dos faróis de nossa cidade, vamos entender o por que de todas essas palavras. Esqueça tudo o que você leu até agora, isso tudo não passa de uma grande besteira da física quântica que alguém inventou só para a própria satisfação, não que eu não acredite é que agora estou um pouco cansado para retomar esse assunto.Quem tem o colorido na vida não precisa de explicações nem tão pouco satisfação.

R Davoglio
Enviado por R Davoglio em 19/12/2006
Reeditado em 21/12/2006
Código do texto: T322462