Vida a sete chaves
Escrevo semanalmente para o blog Vida a sete chaves (http://vidasetechaves.wordpress.com) criado e coordenado por Henrique Fendrich, que conheci no Recanto das Letras. Somos sete cronistas, um para cada dia da semana. O meu dia é a segunda feira. O de Henrique é a sexta feira. A última crônica dele que li foi Clarice ao rés-do-chão. Esse rés-do-chão se refere à Clarice cronista, já que a crônica é o gênero literário mais ao rés-do-chão que pode existir, ou seja, como gênero literário a crônica é praticamente nada. Henrique é um excelente cronista e ama e estuda esse gênero tão desprezado literariamente falando, como se nós escritores basicamente de crônicas fossemos escritores menores. Eu não me importo com o que as pessoas dizem a respeito da qualidade do que escrevo, mas sei que é isso mesmo que os críticos dizem e nem vem muito ao caso nesta minha crônica. Os endeusadores de Clarice parecem que negam ter sido ela também uma cronista como se um escritor genial de forma nenhuma pudesse descer ao rés-do-chão. Como se isso o fizesse menos genial. O gancho para minha crônica peguei mesmo foi no trecho em que Fendrich afirma que é impossível fazer crônicas sem ser pessoal. Sei que muitos cronistas/leitores aqui do Recanto não concordam com essa afirmativa, pois alguns até fazem questão de pedir que não façamos confusão entre o escrito e o escritor. Eu não consigo escrever crônicas sem que sejam absolutamente pessoais. Mesmo outros gêneros que dispensam essa intervenção do próprio Eu, como contos e poemas, no meu caso, o fato pode não ser pessoal, mas a observação e o sentimento são. Não dou conta de escrever sem estar de acordo com meus sentimentos, que são reflexos de minha mente e do meu Espírito. Muitas vezes tenho dificuldade para classificar textos que escrevo, mas o que acho mais fácil de classificar é a crônica – esta fala do dia a dia, do cotidiano em nossas vidas e embora aparentemente trate apenas de coisas superficiais, pode conter aspectos profundos da vida humana vistos por uma ótica específica que é a do autor. Crônica é História e é história. Ou estória. Livros de memórias são feitos de crônicas. Esse gênero pode ainda fazer parceria com um mais sofisticado, que é o Ensaio. Ou menos, que são os livros de autoajuda. Crônicas podem ser tão líricas que podemos chamá-las de Prosas Poéticas e assim buscando podemos afirmar assertivamente que um bom cronista pode ser realmente um Grande Escritor e passear por qualquer gênero com segurança. Afinal a crônica é uma das chaves com que podemos abrir nosso mundo interior e apresentá-lo ao mundo exterior.
Escrevo semanalmente para o blog Vida a sete chaves (http://vidasetechaves.wordpress.com) criado e coordenado por Henrique Fendrich, que conheci no Recanto das Letras. Somos sete cronistas, um para cada dia da semana. O meu dia é a segunda feira. O de Henrique é a sexta feira. A última crônica dele que li foi Clarice ao rés-do-chão. Esse rés-do-chão se refere à Clarice cronista, já que a crônica é o gênero literário mais ao rés-do-chão que pode existir, ou seja, como gênero literário a crônica é praticamente nada. Henrique é um excelente cronista e ama e estuda esse gênero tão desprezado literariamente falando, como se nós escritores basicamente de crônicas fossemos escritores menores. Eu não me importo com o que as pessoas dizem a respeito da qualidade do que escrevo, mas sei que é isso mesmo que os críticos dizem e nem vem muito ao caso nesta minha crônica. Os endeusadores de Clarice parecem que negam ter sido ela também uma cronista como se um escritor genial de forma nenhuma pudesse descer ao rés-do-chão. Como se isso o fizesse menos genial. O gancho para minha crônica peguei mesmo foi no trecho em que Fendrich afirma que é impossível fazer crônicas sem ser pessoal. Sei que muitos cronistas/leitores aqui do Recanto não concordam com essa afirmativa, pois alguns até fazem questão de pedir que não façamos confusão entre o escrito e o escritor. Eu não consigo escrever crônicas sem que sejam absolutamente pessoais. Mesmo outros gêneros que dispensam essa intervenção do próprio Eu, como contos e poemas, no meu caso, o fato pode não ser pessoal, mas a observação e o sentimento são. Não dou conta de escrever sem estar de acordo com meus sentimentos, que são reflexos de minha mente e do meu Espírito. Muitas vezes tenho dificuldade para classificar textos que escrevo, mas o que acho mais fácil de classificar é a crônica – esta fala do dia a dia, do cotidiano em nossas vidas e embora aparentemente trate apenas de coisas superficiais, pode conter aspectos profundos da vida humana vistos por uma ótica específica que é a do autor. Crônica é História e é história. Ou estória. Livros de memórias são feitos de crônicas. Esse gênero pode ainda fazer parceria com um mais sofisticado, que é o Ensaio. Ou menos, que são os livros de autoajuda. Crônicas podem ser tão líricas que podemos chamá-las de Prosas Poéticas e assim buscando podemos afirmar assertivamente que um bom cronista pode ser realmente um Grande Escritor e passear por qualquer gênero com segurança. Afinal a crônica é uma das chaves com que podemos abrir nosso mundo interior e apresentá-lo ao mundo exterior.