MINHA CULPA, MINHA MÁXIMA CULPA
Disse-me certa vez alguém muito e muito mais sabido do que eu, e que já não anda mais por este mundo, dele só resta a saudade e o silêncio de portais, o seguinte: Zélia, a literatura de entretons, fuga , já era. Hoje o tutano tem que ser expulso, e me mandou à vida.
Não aprendi a lição e se me confesso não me desnudo, não consigo assumir por inteiro as características próprias da ficção feminina, confessional, e aparentemente narcisista.
Sei apenas que escrever é preciso. E sem fôlego para mergulhar fundo, de mim só sei dizer: do que fui, lembranças de sonhos contidos... do que sou, não consigo me encontrar. O ontem vivido é manifesto desejo de revivê-lo hoje, contrariando o crepúsculo em que mergulho sem mais tempo de dar vazão a esses contidos sonhos, que teimam em desconhecer as regras impostas pelo caminhar da vida. Já não me é permitido muita coisa; talvez, um... Reza minha senhora! Humildemente confesso, não sei fazê-lo, de há muito ando às turras com o Senhor lá de cima.
Minha culpa, minha máxima culpa