AMOR PLATÔNICO
Quem já não teve um amor platônico na vida, especialmente durante a adolescência? A descoberta daquela coisa diferente, inusitada e desconhecida que passamos a sentir por alguém; um arrebatamento que tira o sossego, a fome, o sono e a concentração; aquele desejo de estar sempre por perto; a necessidade de ver, mesmo de longe e o temor de que o causador desse turbilhão emocional e as outras pessoas percebam o que está se passando conosco são os principais sintomas do despontar de um amor platônico. Céus! É uma tortura!
Sentimento doce e amargo,
inatingível, irrealizável,
quimera, ilusão, fantasia,
prazer efêmero, tormento constante,
agitação, ansiedade, calmaria,
guerra e paz.
Em geral, o amor platônico não é duradouro, desponta logo com o primeiro amor e ocorre quase sempre com pessoas muito tímidas (assim como eu). A propósito, passei por isso três vezes. Durante alguns anos da minha adolescência me vi apaixonada por meninos que nem chegaram a tomar conhecimento do que eu sentia. Foram colegas do colégio e de turma, amigos queridos até hoje.
Mas os amores platônicos passaram e, obviamente, tive meus namoradinhos, até que um belo dia, adolescente ainda, encontrei a minha alma gêmea. Aliás, devo dizer que reencontrei, afinal, de alguma forma estamos juntos (mesmo quando distantes) há séculos e séculos e séculos e séculos...
Este não é um acontecimento comum, pois várias pessoas passam por muitas vidas, casam, descasam ou não casam e, mesmo com tantos relacionamentos vividos, nunca encontram a alma gêmea. Às vezes, até acreditam ter encontrado, mas...