Autodidatas

Em 2009 houve um embate sobre o jornalismo sem formação universitária.

Não sou contra diplomas, os conhecimentos universitários são importantes, mas impedir o jornalismo autodidata não iria fazer bem a imprensa brasileira. Por exemplo, quem é mais qualificado para escrever sobre futebol? Um diplomado em jornalismo com alguns conhecimentos deste esporte bretão ou um ex-jogador que viveu nos gramados treinando e jogando? É claro que é um ex-jogador.

Quando morava no interior, minha família fora tratada por um “médico” excelente, só que alguns tempos depois descobriram que não era um profissional formado. No lugar dele entrou um diplomado e a saúde da comunidade entrou no caos. É claro que a maioria dos médicos formados são excelentes profissionais .

Aqui em BH havia um cidadão que defendia o Clube Atlético Mineiro com sucesso nos tribunais e não era advogado.

Uma vez li que um advogado escreveu numa petição a palavra oço ao invés de osso.

Numa sabatina televisiva de conhecimentos gerais um estudante universitário grifou a palavra privilégio como “previlégio”.

Daí se conclui que conhecimento, inteligência e competência não estão num diploma. Nem todo inteligente é diplomado e nem todo diplomado é inteligente

Aliás essa discussão já teve bastante embates, às vezes recheadas de preconceitos.

Lair Estanislau Alves. Julho de 2009.

Sô Lalá
Enviado por Sô Lalá em 14/08/2011
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