COMO FAÇO MEUS COMENTÁRIOS

Depois que passei a publicar regularmente meus singelos textos aqui neste espaço, fui adquirindo também o hábito de ler os trabalhos de outras pessoas letradas, que escrevem entusiasticamente de todos os cantos deste país. Quando escrevo qualquer coisa, exponho se achar que tem valor, então aproveito para ler os contos, crônicas e poesias que desfilam diante de meus olhos. Você escreve uma poesia, publica, e antes que eu a leia, você digere outras tantas mais que aí estão. Assim, acredito que todos somos mais leitores do que escritores, pois não há como ficar indiferente diante de tanta arte moldada neste mágico mundo das palavras.

Toda escrita pressupõe um emitente e um (no mínimo) destinatário. Quem escreve quer, naturalmente, mostrar algo, chamar a atenção, quer ser lido, não quer ser ignorado. E melhor será quando receber como contribuição uma resposta, que aqui em nosso meio tem o nome de comentário. Ler é alguma coisa, comentar é algo além da simples leitura. Ler e comentar é bem mais do que tão somente ler. Um comentário é, geralmente, sinônimo de elogio, de incentivo, de admiração. Comentar um texto é confessar-se tocado pela beleza ou pelas ideias que ele contem.

Para mim, entretanto, é antes de tudo um exercício de escrita. Se gosto de um texto, não apenas digo que está bom ou "que lindo, parabéns!", mas procuro desenvolver uma ideia própria, aproveitando para expressá-la dentro das normas da boa ortografia, dentro de meu estilo, sem no entanto pretender que o resultado tenha grande valor literário. Mas é esforço que vale a pena, como um exercício que me fará melhorar, hoje um pouco, amanhã mais um pouco. Lendo um texto de outro autor, procuro meditar acerca do que ele contem, vejo minha posição, o que penso, e procuro tecer um comentário que também traga vantagem para mim, para meu aprendizado. E no fundo fico grato a quem escreveu, mesmo que a pessoa não perceba qualquer gratidão nas minhas palavras.