Crônica da solidão.

Na selva pedregosa

com luzes amarelas

e nuvens vermelhas

de tom quieto e sombrio.

Com os pássaros dormindo

o sol na china, em cima,

um véu negro,e hoje,

sem o cintilar cósmico.

Justo hoje que tiro pra escrever,

justo hoje que o sono não chegou,

justo hoje que o amor se foi.

A natureza não me premia com nada

o que vejo é concreto e tijolos empilhados,

luzes acessas independentes uma da outra,

o mundo ilhado dentro de paredes.

Dentre tantas alternativas,

usando do livre e arbítrio,

das próprias vontades,

escolhemos a solidão.

Gu Lima
Enviado por Gu Lima em 07/08/2011
Reeditado em 11/09/2011
Código do texto: T3144348