Crônica da solidão.
Na selva pedregosa
com luzes amarelas
e nuvens vermelhas
de tom quieto e sombrio.
Com os pássaros dormindo
o sol na china, em cima,
um véu negro,e hoje,
sem o cintilar cósmico.
Justo hoje que tiro pra escrever,
justo hoje que o sono não chegou,
justo hoje que o amor se foi.
A natureza não me premia com nada
o que vejo é concreto e tijolos empilhados,
luzes acessas independentes uma da outra,
o mundo ilhado dentro de paredes.
Dentre tantas alternativas,
usando do livre e arbítrio,
das próprias vontades,
escolhemos a solidão.