CHOVENDO LÁ FORA
Chove e faz frio aqui no sul do Brasil. O sol custa a aparecer nesta época. Pode fazer sol por um ou dois dois, o que eleva um pouco a temperatura, mas logo a chuva retorna, e com ela vem mais frio. Ninguém gosta dum tempo desses, nem eu, que cultivo verduras em minha horta. Se até uma garoa atrapalha na hora de trabalhar, pior é quando está mesmo chovendo. Água natural é bom, mas não demais.
Hoje saí à rua e quase não vi ninguém. Nem os bichos saem de suas tocas. Aqui é um bairro residencial, e as pessoas preferem ficar dentro de casa a expor-se às adversidades desse clima tão impróprio. Quem não precisa sair para trabalhar fora fica tomando o seu chimarrão ao calor do fogão a lenha.
Quando olho para um telhado e vejo um chaminé fumegando, eu penso: aí mora uma família feliz, porque tem um fogão a lenha. Realmente, o fogão a lenha é algo muito útil e valioso quando os dias e as noites são frias. Quem não tem gostaria de ter, eu não tenho, talvez um dia compre um. Além de fazer toda a comida, pode-se esquentar muita água, assar pão, fritar bife na chapa e até estender roupa por cima para secar.
Antigamente não havia fogão a gás, só a lenha. E as casas eram todas de madeira. Debaixo do fogão de minha avó havia uma grande chapa metálica, que era para impedir que uma brasa eventualmente caída queimasse o assoalho. Muita casa acabou pegando fogo por causa do fogão a lenha. Realmente, é preciso ter cuidado. Feito o fogo, não se deve dele afastar, pois senão... o patrimônio pode virar em cinzas.