"DE PENSAR MORREU UM BURRO"

          Eu poderia muito bem ignorar o que a mídia fala e ficar na minha. Eu poderia não: eu posso! Não me interessa o que está na moda ou fora dela. Eu faço a minha moda. E não estou aqui para falar de roupa, sapato ou coisas do gênero. Isso também. Mas nunca, que eu me lembre, adotei comportamentos por serem considerados “em alta”. É moda fumar? Que venha o cigarro! É moda beber?  Vamos encher a cara! É moda se drogar? Tô dentro! E assim, uma lista interminável de modismos induzem uns e outros a atitudes que, na maioria das vezes, conduz a um caminho sem volta.
           Ah, entrei nessa por curiosidade! Curiosidade??? Desculpem, mas uma coisa é ser curioso e outra coisa é assinar atestado de burrice. Quem tem amor à vida para, pensa, racionaliza e controla até a própria curiosidade. Como é que eu vou alimentar curiosidade sobre algo que pode me matar? Existem “n” outros enigmas na vida que podem aguçar a minha curiosidade, sem causar danos. Então, dedico a esses meu “instinto curioso”.
          Minha cabeça não é um robô, que qualquer um controla por controle remoto. O que diferencia homens de animais é exatamente isso: a capacidade que temos de raciocínar.
          O mundo inteiro se pergunta o que levou uma cantora linda, rica e famosa a tornar-se viciada em drogas pesadas, interrompendo a vida aos 27 anos. Modismo? Desapego à vida? Curiosidade? Incapacidade de raciocínio? Más companhias? Talvez a junção de tudo isso. Ou simplesmente “se jogou de cabeça”, sem muitos questionamentos.  
          “De pensar morreu um burro”, diz o dito popular. E da incapacidade de pensar, quantos já se foram?  

By Angela Ramalho
Imagem Google
http://naosoupatriciamaissoupoeta.blogspot.com