Triangulo amoroso
A analise de um triangulo amoroso feita por um dos vértices.
Éramos três pessoas, o moreno de olhos claros era o mais bonito. A loira magra costumava olha-lo com imensa ilusão, mas quando nos olhávamos eu, a dos olhos mínimos, e ele do jeito que se olham os bons amigos que se conhecem alem do que se permitem, ela nos olhava um por vez com a triste preocupação típica da insegurança de quem ama de forma obcecada.
Ele era para ela como um ídolo desconhecido, o amava piamente, com uma devoção que seria inaceitável para os cristãos católicos e mais ainda para os protestantes, infantil para os maduros e, decadente no meu ponto de vista.
Eu também o amo, alem dos sentimentos, de forma ideológica, de forma não devota, mas cúmplice. A grande diferença entre esses dois amores é que o meu era condicional, dependia dos atos e de seu caráter, alem da admiração; já o dela bastava por ser incondicionalmente tolo.