Uma proposta diferente
Sou professora e amo isso. Ensinar vai além das letras e conteúdos... ensimar pode ser simplesmente deixar que as emoções brotem, ou proporcionar oportunidades para que isso aconteça.
Semana passada comemoramos o dia dos namorados, e resolvi ampliar um pouquinho isso para celebrarmos juntos o amor. Propus a confecção de uma caixa para depositarmos nela as nossas cartinhas de amor. Assim fizemos.
A caixa era azul, repleta de corações em rosa claro. Nos corações estavam os nossos nomes. O meu, ía em cima da caixa e de todas turma nas laterais. Em cada coração havia um nome, os nossos nomes, e unidos os corações que já estão ligados pelo traço de amor mais profundos, os namorados, e alguns amigos inseparáveis. O fato é que estávamos todos lá.
A semana transcorreu entre provas e cartas, estudos e emoções. E lá estava a caixa e a nossa celebração ao amor.
Até que chegou o dia de abrirmos aquela caixa que, naquela semana, foi motivo de tanta euforia, porque não há nada melhor que declararmos abertamente nossos sentimentos.
A abertura da caixa foi, como esperado, repleta de emoções, de brincadeiras, de declarações dos sentimentos que todos os dias expressamos, mas que nem sempre verbalizamos.
Vieram os risos, vieram as lágrimas... e lá estávamos nós. Parte de nós era gente em carne e osso, outra parte de nós era a caixa, ou seja, o que ela representava em nossas vidas. Pequenas grandes vidas. Pequenos grandes amores.
Naquele momento mágico, não havia alunos e professores. Havia seres humanos. Não havia adolescentes e adultos, havia pessoas.
E como eu disse havia aprendizado. Aprendizado de humanidade.