CRONICA DO AMOR LIBERTO
POR CARLOS SENA
Hoje, após o dia dos namorados, dei-me de presente a liberdade. Ser livre é reconhecer-se inteiro em tudo, mesmo no amor. Neste, principalmente a gente não deve se partir em função de outrem. Estar inteiro no amor é estar inteiro consigo mesmo e não se permitindo a relações complexas demais para o contexto “tempo X afeto”. Ontem, em pleno dia dos namorados, preferi ficar comigo a estar alinhavando pontos novos em tecido envelhecido. Melhor ficar com a realidade nua e crua, pois com o tempo a gente a veste e cozinha a nosso bel prazer. Preferi ficar comigo como qualquer um deve fazer sempre que uma relação não disser a que veio. Sempre que em nome de ser relação, vire RALAÇÃO. Como ralação incomoda disfarçada de prazer e isto pode levar os menos experientes a confusão de sentimentos. Comigo, felizmente, não.
Hoje acordei sem saudades de você. Também nem precisei olhar a foto que você não me ofertou. Nem sentei naquele banco da praça que você nunca sentou comigo. Estes são alguns sintomas de RALAÇÕES afetivas que não podemos conviver com isto. Chega a parecer doença em que nós não devemos nos meter a médicos, principalmente diante de jogos afetivos que muitas pessoas se utilizam em nome “de amar”... Quem ama fica atento ao outro e deseja com naturalidade estar por perto do ser amado. Assim é o princípio natural do afeto, posto que sendo construção requer integração, honestidade na palavra e afeto na emoção.
Dei-me a mim de presente hoje. Da janela do meu quarto o sol me intercede como que me avisando que a vida é mágica. No sabor da magia da vida, de novo retomo o caminho de minha vida livre até que outra pessoa queira comigo ser livre PARA juntos sermos dois.