PELA ESTRADA AFORA...
 
            Aproveitando o tema da 29ª rodada do BVIW, me lembrei de Chapeuzinho Vermelho andando alegre e saltitante pela floresta, carregando sua cestinha e cantando: “Pela estrada afora, eu vou bem sozinha”. Pois é. Lá se vão 06 anos que eu dei o meu grito de independência (diga-se de passagem tardio) e saí, “bem sozinha” pela estrada afora. E nada de levar doces para a vovozinha, pois vovó que se garante compra seu próprio doce, não fica esperando netinha para isso.
           A estrada está sendo longa (graças a Deus!) pois longevidade é uma dádiva, principalmente quando se pode usufruí-la com saúde e energia e é assim que me sinto.
           De vez em quando um lobo mau se atreve a “passear aqui por perto”, mas ao contrário do conto famoso dos Irmãos Grimm, nenhum deles hoje quer comer a vovozinha. Essa é a parte chata dos contos modernos. Bem que poderiam fantasiar um pouquinho. Volto à tardinha, “ao sol poente” cansada, depois de mais um dia de labuta. Na pasta, serviço extra para fazer em casa. Durmo contente e nada de mamãezinha junto (a pobrezinha não ia agüentar meu pique de ficar acordada até altas horas).
           Essa é a minha versão de “Chapeuzinho Vermelho” na Terceira Idade: sem chapéu, nem capuz vermelho, mas “cabeça feita”, independente e cheia de personalidade!

By Angela Ramalho

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