O Clube das Esposas Obedientes
 
Notícias de jornal ou na própria net são sempre fonte de inspiração para minhas crônicas. Assim de momento lembro-me bem de duas, sobre As noivas do Cordeiro e o Cemitério do Peixe. As Noivas, é o meu quinto texto mais lido, com mais de três mil entradas e quarenta e quatro comentários. Cemitério, bem mais modesto, mas que está me inspirando a escrever o meu terceiro romance solo: A mulher ensombrada. E agora leio esta notícia fascinante: Na Malásia, um grupo de mulheres acaba de fundar  o Clube das esposas obedientes, com o intuito de diminuir a violência doméstica e o índice de divórcios.

Mas como esse Clube irá fazer isso? Ensinando para suas filiadas a tornar os maridos mais felizes, porque a maioria dos males sociais como alcoolismo, uso de drogas, a busca por prostitutas é culpa das mulheres que não fazem seus maridos felizes e alegrinhos. O como esses homens ficariam felizes e livres de todos os males?Com a submissão total e incondicional das mulheres.

Cada dia que passa eu sinto mais pena das muçulmanas , excluídas pelo Deus que acreditam, da igualdade entre os seres humanos. E dos muçulmanos também, que só ficam algres e satisfeitos ao conviveem com um capacho. Segundo a notícia, são essas mulheres rebeldes que se afastam do caminho de Alá, a causa de todos os males. E a esposa obediente que afirma isso é uma médica, garantindo o direito divino da racionalidade para os homens. Se o marido trai a mulher, é culpa dela.

Uma tal de Sukeima afirma ainda ser obrigação das mulheres satisfazer o marido em todos os sentidos inclusive na cama. Apesar de ter tido dez filhos não sei se ela teve muito sucesso em alegrá-lo, afinal ela é apenas a primeira entre três esposas. O garanhão por sua vez é pai de vinte e quatro filhos legais.
Queria era ver um Clube desses por aqui. Já no tempo de minha avó, as mulheres eram bem mais audaciosas. Sá Olimpia, por exemplo, minha avó paterna colchoeira, desconfiando que o colchão enrolado em um canto da casa em que entrara já por suspeita, ocultava o meu pobre avô boêmio e manco, deu uma bela surra no colchão. E ela estava certa porque ele logo teve que sair dali e mostrar a cara para não apanhar mais.