O AMOR PLATÔNCIO NÃO É ILUSÃO
Muitas pessoas acreditam que amar um ídolo é uma fase, é uma etapa da vida, é uma saída que as adolescentes encontram para resolver seus problemas emocionais. Segundo o filósofo Platão, o amor, no ideal platônico, não se fundamenta num interesse (mesmo o sexual), mas na virtude. O amor platônico passou a ser entendido como um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve. Reveste-se de fantasias e de idealização. O objeto do amor é o ser perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem máculas.
Mas como pode ser uma ilusão se aquele ídolo faz tão bem a pessoa que o ama platonicamente? Se suas músicas a incentivaram a continuar, a nunca desistir e lhe traçou metas?
As pessoas mais velhas não admitem esse tipo de amor, dizem que é algo passageiro, dizem que é fantasia. Mas novos estudos confirmam que o amor platônico vem estando cada vez mais presente na vida de muitas pessoas, não somente adolescentes como também adultas.
Existem pessoas que postaram seus depoimentos em sites de relacionamentos afirmando que fazem quarenta anos que amam perdidamente seus ídolos. Isto prova que a fase não passou. Que o amor não mudou. Todos sabemos que é um amor incondicional e unilateral, que nunca acontecerá de verdade entre o ídolo e sua fã, mas isso não importa. Amor sempre será amor, independente de ser real, verdadeiro, imaginário, correspondido ou não.