Ser ou ter?
Ontem, quase meia noite, já deitada, ouvi barulho na rua e em seguida pessoas falavam, pensei ser briga, minha irmã me chamando, pedindo chave, dizendo que um carro havia batido na garagem.
Saí, a rua já estava cheia de gente, a vizinha da frente dizia que pelo barulho pensou ser na casa dela, outros diziam que a esquina é perigosa, o prejuízo do portão, meu carro dentro da garagem todo amassado, etc...
Perguntei quem estava dirigindo, foi quando falaram que era um casal e o homem estava machucado, contornei o carro e vi ele deitado na rua, a mulher tentando reanimá-lo enquanto falava ao telefone, pedindo resgate. Ele deve ter perdido os sentidos, mas já estava consciênte, tentando se levantar , preocupado com os carros, as costas doía , pedi que ficasse quieto, esperasse...A mulher tentava explicar o que aconteceu e pedia para não fazer boletim de ocorrência que ela assumia o prejuízo. Logo depois chegou o resgate, policia e mais conversa, carros parando, olhando e uma coisa no meio daquilo tudo me chamou atenção: Todos olhavam, falavam do carro, do muro, se preocupavam mais com as perdas do que com o homem no chão, depois aqui dentro de casa, comentei com meu filho que aquele homem poderia ser um de nós, numa calçada, no frio e mesmo ele não sendo conhecido, estava ali, sozinho com a mulher e nenhuma solidariedade, inclusive da minha irmã que é super prestativa com nossa família e ao ver meu sobrinho tirando o carro da rua, já gritou para não mexer até a policia chegar.
Resumo: não fizemos boletim, o carro deles ficou aqui na minha garagem para resolvermos quando ele estiver bem e em condições de conversar, em mim ficou uma sensação de tristeza por o ser humano ser tão pouco, tão sem valor...
Afinal estamos na Era do "mais vale ter do que ser"
Ontem, quase meia noite, já deitada, ouvi barulho na rua e em seguida pessoas falavam, pensei ser briga, minha irmã me chamando, pedindo chave, dizendo que um carro havia batido na garagem.
Saí, a rua já estava cheia de gente, a vizinha da frente dizia que pelo barulho pensou ser na casa dela, outros diziam que a esquina é perigosa, o prejuízo do portão, meu carro dentro da garagem todo amassado, etc...
Perguntei quem estava dirigindo, foi quando falaram que era um casal e o homem estava machucado, contornei o carro e vi ele deitado na rua, a mulher tentando reanimá-lo enquanto falava ao telefone, pedindo resgate. Ele deve ter perdido os sentidos, mas já estava consciênte, tentando se levantar , preocupado com os carros, as costas doía , pedi que ficasse quieto, esperasse...A mulher tentava explicar o que aconteceu e pedia para não fazer boletim de ocorrência que ela assumia o prejuízo. Logo depois chegou o resgate, policia e mais conversa, carros parando, olhando e uma coisa no meio daquilo tudo me chamou atenção: Todos olhavam, falavam do carro, do muro, se preocupavam mais com as perdas do que com o homem no chão, depois aqui dentro de casa, comentei com meu filho que aquele homem poderia ser um de nós, numa calçada, no frio e mesmo ele não sendo conhecido, estava ali, sozinho com a mulher e nenhuma solidariedade, inclusive da minha irmã que é super prestativa com nossa família e ao ver meu sobrinho tirando o carro da rua, já gritou para não mexer até a policia chegar.
Resumo: não fizemos boletim, o carro deles ficou aqui na minha garagem para resolvermos quando ele estiver bem e em condições de conversar, em mim ficou uma sensação de tristeza por o ser humano ser tão pouco, tão sem valor...
Afinal estamos na Era do "mais vale ter do que ser"