Laura, 11 anos, Autista não-verbal
Um dia a orientadora da escola especializada em Autismo numa de nossas discussões sobre a troca de medicação da Laura ( eu era contra) perguntou-me asperamente:"Oque esperas da tua filha?" Respondi imediatamente:"O mesmo que qualquer mãe." Ela contentou-se com a resposta até porque ela também não sabia o que esperar da minha filha. Escrevo "também" porque aquela pergunta pegou-me de surpresa e passei meses me perguntando: O que espero da Laura? Eu não conseguia responder. Simplesmente eu não sabia o que esperar dela.
Hoje eu sei. E não precisei dopar minha filha para descobrir. E minha resposta dita sem pensar era a mais verdadeira. Eu espero que minha filha participe do "meu" mundo, que a Laura interaja comigo e com outras pessoas, que aprenda muitas coisas não importa o tempo que leve, que brinque, passeie e seja feliz! Eu espero sim o que qualquer mãe espera de seu filho. Que seja feliz e realizado! É por isto que luto. É nisto que acredito! Vendo minha filha sorrir carinhosa, olhando nos meus olhos, contradizendo algumas teorias sobre Autismo, me abraçando e beijando sei que posso esperar! E também sei que o que eu espero da Laura os profissionais daquela escola não tinham condições de proporcionar não só porque não acreditavam nela, mas também porque não se acreditavam capazes de tal feito!
Não pretendo impor "meu" mundo, muito menos a nossa normalidade apenas que Laura aceite nosso modo de ser!
Nota da autora: Este episódio aconteceu ha dois anos. Laura ainda usa a mesma medicação e é uma menina muito tranquila.
Um dia a orientadora da escola especializada em Autismo numa de nossas discussões sobre a troca de medicação da Laura ( eu era contra) perguntou-me asperamente:"Oque esperas da tua filha?" Respondi imediatamente:"O mesmo que qualquer mãe." Ela contentou-se com a resposta até porque ela também não sabia o que esperar da minha filha. Escrevo "também" porque aquela pergunta pegou-me de surpresa e passei meses me perguntando: O que espero da Laura? Eu não conseguia responder. Simplesmente eu não sabia o que esperar dela.
Hoje eu sei. E não precisei dopar minha filha para descobrir. E minha resposta dita sem pensar era a mais verdadeira. Eu espero que minha filha participe do "meu" mundo, que a Laura interaja comigo e com outras pessoas, que aprenda muitas coisas não importa o tempo que leve, que brinque, passeie e seja feliz! Eu espero sim o que qualquer mãe espera de seu filho. Que seja feliz e realizado! É por isto que luto. É nisto que acredito! Vendo minha filha sorrir carinhosa, olhando nos meus olhos, contradizendo algumas teorias sobre Autismo, me abraçando e beijando sei que posso esperar! E também sei que o que eu espero da Laura os profissionais daquela escola não tinham condições de proporcionar não só porque não acreditavam nela, mas também porque não se acreditavam capazes de tal feito!
Não pretendo impor "meu" mundo, muito menos a nossa normalidade apenas que Laura aceite nosso modo de ser!
Nota da autora: Este episódio aconteceu ha dois anos. Laura ainda usa a mesma medicação e é uma menina muito tranquila.