FELIZES DOS QUE TE TÊM - BVIW
Sem TEMA eu vou até a esquina. Levo uma letra pequenininha do tipo implicante que não dá paz nem aos pensamentos do papa. – Qual será o tema da próxima crônica? - Sossega! Já falei que não sei. Como sossegar?! É como não saber o que serei quando crescer! Não é justo! – Dá um tempo ou nem poderemos atravessar a rua. – Quer morrer antes de virar gente?! – Eu não! Só quero saber o que eu vou ser depois que eu virar um texto. Se um carro nos atropelar, nada seremos. Que burra eu fui de te trazer!. Por que não escreve sobre a largura das ruas? – Por que não interessa a ninguém um assunto deste. – Que tal a frieza do vento. Olha como está gelando a gente! – Não! Já existem especialistas do tempo. Eles falam disso a todo instante. – Então escreve sobre como será o fim do terrorismo. – Difícil ter fim! Preciso escrever sobre algo mais palpável. – Escreva sobre a importância das polpas das frutas! – oh! Por Deus, Cale-se e cuidado com as motos. Eu quero saber o que vai fazer comigo, não gosto de não saber o tema. – Está bem! Está vendo aquela pontezinha com beiradinhas amarelas?! Vou escrever sobre você caindo dela. - Eu pulando da ponte?! Sim, pode ser! - Se este for o tema, eu vou! Mas você tem que me comprar um maiô! Claro que não! Com um pouco de criatividade você pode se imaginar até no da Scarlett Johansson. – E você vem comigo?! – Não! Aí já é exagerar no tema. A graça do seu pulo me bastará. – Está bem! Felizes dos que te têm! – Eu que lhe digo! Vai mesmo pular?! – Se é para virar um bom texto sem tema, eu vou.
BVIW 24ª rodada de crônicas - imagem google
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Sem TEMA eu vou até a esquina. Levo uma letra pequenininha do tipo implicante que não dá paz nem aos pensamentos do papa. – Qual será o tema da próxima crônica? - Sossega! Já falei que não sei. Como sossegar?! É como não saber o que serei quando crescer! Não é justo! – Dá um tempo ou nem poderemos atravessar a rua. – Quer morrer antes de virar gente?! – Eu não! Só quero saber o que eu vou ser depois que eu virar um texto. Se um carro nos atropelar, nada seremos. Que burra eu fui de te trazer!. Por que não escreve sobre a largura das ruas? – Por que não interessa a ninguém um assunto deste. – Que tal a frieza do vento. Olha como está gelando a gente! – Não! Já existem especialistas do tempo. Eles falam disso a todo instante. – Então escreve sobre como será o fim do terrorismo. – Difícil ter fim! Preciso escrever sobre algo mais palpável. – Escreva sobre a importância das polpas das frutas! – oh! Por Deus, Cale-se e cuidado com as motos. Eu quero saber o que vai fazer comigo, não gosto de não saber o tema. – Está bem! Está vendo aquela pontezinha com beiradinhas amarelas?! Vou escrever sobre você caindo dela. - Eu pulando da ponte?! Sim, pode ser! - Se este for o tema, eu vou! Mas você tem que me comprar um maiô! Claro que não! Com um pouco de criatividade você pode se imaginar até no da Scarlett Johansson. – E você vem comigo?! – Não! Aí já é exagerar no tema. A graça do seu pulo me bastará. – Está bem! Felizes dos que te têm! – Eu que lhe digo! Vai mesmo pular?! – Se é para virar um bom texto sem tema, eu vou.
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