PRIMEIRO AMOR
O primeiro amor, a forma mais primitiva, simples e bela do tão complexo ‘se apaixonar’. É nessa época, dos dez aos quatorze anos, que o amor começa a ser descoberto, iniciando em um olhar tímido e acompanhando de um meio sorriso, em que quando correspondido, faz do outro o maior campeão do mundo (mesmo estando com as bochechas “pegando fogo”). Nesse tempo, não existe a guerra dos sexos pré-estabelecidos, os amores definidos pela quantidade ou status. É apenas amor, aquele que foge a dicionários; que faz o coração bater bem rápido, as mãos suarem; que faz o enamorado perder o sono, escrever no diário...
É desse primeiro amor que sentimos mais falta. É do sentimento único de pertencer a alguém, de lhe querer o bem; de amar acima da necessidade de estar sozinho e de querer o outro para si. Um amor que foge à necessidade.
O amor foi confundido com sexo, como uma forma simplista de conter o medo do ser humano de ficar sozinho. Amostra disso são os inúmeros filmes românticos que são criados todos os anos (e atraem tanto o público). Hoje, falar ‘Eu Te Amo’ virou moda, assim como apologia a traição, a sexo sem compromisso, a não ser de ninguém. Esqueceu-se do sentir, enquanto alimenta-se apenas o ter.
TX. DE FREITAS - BA, 14 DE MAIO DE 2011