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A PSICOLOGIA DE UM PADRE...


Um jovem padre de uma cidadezinha do interior estava se destacando pela sua atuação na paróquia que comandava. Tinha grande habilidade para resolver problemas de família e era requisitado pela maioria delas a propósito de qualquer dificuldade.
O moço tinha estudado psicologia, e também por isso, se tornara, além de tudo, psicólogo, conselheiro espiritual, fosse de quem fosse.
Em pouco tempo, era louvado, amado pelos paroquianos da localidade e região.
Assim, a notícia das repercussões do trabalho do padre chegou até a cidade grande e, o bispo ficou curioso em verificar de perto a atuação do jovem padre.
Mandou um comunicado afirmando que iria ouvir o sermão do clérigo no domingo.
O padre ficou apreensivo. O senhor bispo viria ouvir seu sermão...
Mas, onde tempo para preparar a palestra, afinal, os fiéis não mais lhe davam um momento de sossego...
Na semana seguinte seria a semana santa e todos da cidade iria querer se confessar, de segunda a sexta-feira como era o costume.
Pensou, pensou, e teve uma idéia genial...
Colocou um cartaz na entrada da igreja com os seguintes dizeres:
“Amados paroquianos, nos dias da semana santa, para disciplinar as confissões, adotaremos o seguinte programa:
Segunda-feira: os orgulhosos
Terça-feira: os egoístas
Quarta-feira: os gananciosos
Quinta-feira: os ladrões
Sexta-feira: os mentirosos."
Naturalmente, desnecessário indagar se apareceu alguém...
E, assim o padre conseguiu preparar seu sermão em paz...
É assustador o quanto temos dificuldade em aceitar nossas deficiências. Ao invés de combatê-las, de alijá-las de nosso íntimo, procuramos dissimulá-las...
É só alguém chegar para um de nós e dizer: “Não seja tão ciumento, não aja assim!”, para que retruquemos afirmando que não somos ciumentos, que isto ou aquilo...
Dia desses, certo alguém que é capaz de tirar a roupa do corpo para dar a um necessitado, me disse:
- Você esta sendo egoísta!
Ao invés de concordar, procurei arengar inúteis justificativas, e, algum tempo depois, concluí que estava sendo egoísta, de fato, e procurei corrigir a atitude. Todavia, e se não desse para corrigir?!...
É difícil aceitar nossos defeitos, não é mesmo?
Pois é, o ideal seria que, ao invés de queremos justificar nosso orgulho, egoísmo, ciume, etc., etc., que fôssemos humildes para pedir desculpas ou mudar de atitude...
Por esta razão, não tenhamos medo de constatar nossos defeitos, nem desanimemos face a eles, e firmemos o propósito de combatê-los numa guerra sem quartel, diuturnamente.
Mesmo que deslizemos e caiamos por causa deles, levantemo-nos e sigamos em frente.
Quando nossos defeitos nos levarem ao erro, não descoroçoemos; lutemos e a luta nos fará felizes!...





 
PEDRO CAMPOS
Enviado por PEDRO CAMPOS em 05/05/2011
Reeditado em 25/11/2013
Código do texto: T2950445
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