E abril se vai...
Com a chegada do fim de abril termina também o primeiro quadrimestre do ano. Dois mil e doze se aproxima e com ele, segundo alguns entendidos, também o fim do mundo. Ainda bem que esse fato passa longe de minhas dúvidas e por isso não faz parte das minhas preocupações. Dessas fazem parte muitas coisas, entre elas a certeza da proximidade do meu fim para o mundo. Esse sim vai acontecer e agora sei que cada dia está mais perto. Não que eu pretenda apressá-lo, isso é pura bobagem, pra que correr antecipando o que certo se posso esperar e aproveitar enquanto o momento não chega? Também não tenho indícios de sua chegada, a não ser os naturais que delimitam a vida do ser humano até certo ponto e então não há mais o que fazer. E pra quem nasceu na beira da estrada de ferro como eu só resta dizer que é o fim da linha e o que importa realmente não é esse fim, mas o caminho.
Não, mas essa não é a intenção dessa crônica. O objetivo aqui era mesmo falar sobre o mês de abril e seus acontecimentos embora isso também não tenha nenhuma importância. A intenção do autor, não os acontecimentos. É disso que falo agora: que o que o autor escreve ou sua intenção não têm valor nenhum, pois o que vale realmente é o que o leitor lê. O autor dispõe as palavras, alinhava-as, faz um belo bordado ou não tão belo assim e o expõe: aí vem alguém que o lê e o interpreta e tira as suas conclusões pensando saber do autor a vida e além da vida. Eu não nego: o que escrevo faz parte da minha vida, do que sinto, penso e observo. Faz parte de mim mesmo quando é ficcional. Mas não sou eu. Porque aquele que lê, ao interpretar o que escrevi, o faz sobre a sua verdade, sobre o que sabe, vê e observa e nessa triangulação a verdade vai adquirindo mil faces, uma para cada pessoa que leu o escrito.
Mas, voltemos ao assunto inicial. O mês acaba hoje, dentro de poucas horas e aquele friozinho gostoso de outono já se instalou no tempo. Já muito se chorou pela morte de JC e pela sua ressurreição, embora as lágrimas tenham sido diferentes porque algumas de tristeza e outras de alegria. Mas ninguém chorou pela morte e o esquartejamento de Tiradentes e eu sobre as duas penso semelhante: como o homem custa a aprender! Alguém me disse em face de acontecimentos catastróficos, como se estivesse descobrindo o Brasil: a humanidade está perdida. E eu rebati: a humanidade sempre esteve perdida, lembre-se de Jesus Cristo, lembre- se Tiradentes! Mas ao mesmo tempo é esse o mês também em que o homem se revela: é o mês do recomeço, o mês da passagem, o mês da reconstrução. Então não posso concordar com tal afirmativa e ouso dizer: a humanidade não está perdida enquanto houver um único ser humano que busque a redenção e siga os exemplos de JC e Tiradentes.
Com a chegada do fim de abril termina também o primeiro quadrimestre do ano. Dois mil e doze se aproxima e com ele, segundo alguns entendidos, também o fim do mundo. Ainda bem que esse fato passa longe de minhas dúvidas e por isso não faz parte das minhas preocupações. Dessas fazem parte muitas coisas, entre elas a certeza da proximidade do meu fim para o mundo. Esse sim vai acontecer e agora sei que cada dia está mais perto. Não que eu pretenda apressá-lo, isso é pura bobagem, pra que correr antecipando o que certo se posso esperar e aproveitar enquanto o momento não chega? Também não tenho indícios de sua chegada, a não ser os naturais que delimitam a vida do ser humano até certo ponto e então não há mais o que fazer. E pra quem nasceu na beira da estrada de ferro como eu só resta dizer que é o fim da linha e o que importa realmente não é esse fim, mas o caminho.
Não, mas essa não é a intenção dessa crônica. O objetivo aqui era mesmo falar sobre o mês de abril e seus acontecimentos embora isso também não tenha nenhuma importância. A intenção do autor, não os acontecimentos. É disso que falo agora: que o que o autor escreve ou sua intenção não têm valor nenhum, pois o que vale realmente é o que o leitor lê. O autor dispõe as palavras, alinhava-as, faz um belo bordado ou não tão belo assim e o expõe: aí vem alguém que o lê e o interpreta e tira as suas conclusões pensando saber do autor a vida e além da vida. Eu não nego: o que escrevo faz parte da minha vida, do que sinto, penso e observo. Faz parte de mim mesmo quando é ficcional. Mas não sou eu. Porque aquele que lê, ao interpretar o que escrevi, o faz sobre a sua verdade, sobre o que sabe, vê e observa e nessa triangulação a verdade vai adquirindo mil faces, uma para cada pessoa que leu o escrito.
Mas, voltemos ao assunto inicial. O mês acaba hoje, dentro de poucas horas e aquele friozinho gostoso de outono já se instalou no tempo. Já muito se chorou pela morte de JC e pela sua ressurreição, embora as lágrimas tenham sido diferentes porque algumas de tristeza e outras de alegria. Mas ninguém chorou pela morte e o esquartejamento de Tiradentes e eu sobre as duas penso semelhante: como o homem custa a aprender! Alguém me disse em face de acontecimentos catastróficos, como se estivesse descobrindo o Brasil: a humanidade está perdida. E eu rebati: a humanidade sempre esteve perdida, lembre-se de Jesus Cristo, lembre- se Tiradentes! Mas ao mesmo tempo é esse o mês também em que o homem se revela: é o mês do recomeço, o mês da passagem, o mês da reconstrução. Então não posso concordar com tal afirmativa e ouso dizer: a humanidade não está perdida enquanto houver um único ser humano que busque a redenção e siga os exemplos de JC e Tiradentes.