A FLOR TEM NOME

E porque não dizer que eu falei da flor?

A flor que tanto perfumou nossos corações, que nos deixou tantas pétalas para darmos, que viveu cada momento enfeitando nossos jardins!

Porque não dizer que a flor tem nome?

Nome santo, de paz e bem, de carinho e ternura, de gente humana, de divindade celestial, de nome MARIA JOSÉ RIBEIRO, intimamente, simplesmente: Teté.

Sua partida, do nosso jardim, nos deixou saudade! Seu encanto florido de todos os dias nos deixou num semana santa: dia 06 de abril de 2010. Como-te os anjos pedissem sua presença para podar os outros jardins, que precisasse levar amor...

A flor Teté está em cada pedaço do canteiro molhado pelo cravo ANTÔNIO JOAQUIM RIBEIRO, que tanto a amou até seus 53 anos de existência comunal, que tanto rendeu frutos... Nove filhos, vinte e seis netos, três bisnetos!

A flor por mais especial que ela seja, por mais duradora que se preze, por mais referência que ela seja pras outras...

Existe o ditado: “não nascemos pra semente”. E a flor Teté: nasceu, cresceu, amou seu cravo, brotou filhos, cumpriu seu papel na terra!

Sua passagem em nossos jardins não foi em vão, sua passagem no mundo tinha um grande propósito! Que a saudade pela grande flor que vento soprou, e as pétalas voaram, multiplique-se e transforme-se em AMOR.

Que o Ser divino que nos rega todos os dias, possa abençoar os botões de flor deixada por ela. Que seu amor Antônio, que seus familiares e amigos tenham o conforto eterno!

E pra não dizer que eu não falei da flor!

Que viveu, que amou, que infinitamente, posto que seja chama, já mais nos esqueceremos, está guardada em nossos corações, preservada em todos os jardins!

E que esta neta que vos fala nunca mais sentirá o perfume da vovó, que só ela tinha: na casa, na cama, no frescor do abraço ao reencontrá-la. Ela sempre me abraçava quando chegava a casa dela! Só ela me vazia abrir um sorriso largo por assistir novelas e trocar os nomes das personagens. E cuidava das flores, sem saber que era uma delas... Fazia-me acreditar que as pessoas eram boas, e tínhamos que tirar isso delas...

Lembrando-me de suas últimas palavras, nos seus últimos dias, ainda em vida, quando fui te visitar num leito de hospital, ela disse: “Deus te abençoe”, e eu repito pra ela em sopro: “Deus te abençoe, vovó! Ah! Estamos todos bem, mas com muita saudade...”.

Lailsa Ribeiro
Enviado por Lailsa Ribeiro em 30/04/2011
Código do texto: T2940859
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