A PÁSCOA E A NOSSA VIDA

Algumas coisas são explicadas pela ciência, outras pela fé. A páscoa ou pessach é mais do que uma data, é mais do que a ciência, é mais que fé, Páscoa é amor (ALBERT EISNTEIN)

Sentimento doloroso e terrível abriga o coração humano quando passa por determinados momentos da vida. Expectativas diversas nesse conturbado mundo contemporâneo. Possibilidades múltiplas capazes deixar qualquer um sem fôlego. Por exemplo: o resultado de um concurso, o aviso de demissão, laudo médico de uma eventual biópsia, ou um filho que não chega de uma festa. Tudo isso leva-nos a um estado de insegurança e angústia muito grande.

Essas situações estão presentes, todo tempo de nossas vidas. Poucos são aqueles que conseguem conviver com essas intempéries sem se estressar. A filosofia, a religião e o bom senso nos auxiliam a enfrentar essas dificuldades, todavia, nem sempre conseguem nos aliviar. A sensação é de folhas ao vento levadas de um lado ao outro, sem nenhum controle.

O mundo moderno impele-nos ao consumo para compensar essa insegurança, porém o resultado, na maioria das vezes, é desalentador. Ademais, a prática do consumo a qualquer custo acarreta problemas, como a frustração pela falta de recursos econômicos e o consequente endividamento para conseguir o objeto do desejo. Tudo isso acaba gerando mais sofrimento, pois o dinheiro é limitado, e a inadimplência é uma constante no cotidiano de muitas pessoas.

Tentativas outras são buscadas, principalmente, no sexo oposto. A mulher linda e sensual. Ou, o homem rico, bonito e atencioso povoa o imaginário das jovens de todo o mundo. Também, os narcisistas procuram pelo embelezamento artificial do corpo: fisioculturismo, dietas, cirurgias plásticas e medicamentos são artifícios buscados no sentido de alcançar a tão sonhada felicidade. Todavia, quase sempre, significa mais frustração e desespero. Nada externamente vai conseguir satisfazer os anseios de uma alma em conflito.

Como fugir de tudo isso e ser feliz? Eis o grande dilema do homem contemporâneo. Os grandes mestres da humanidade, cristãos ou não, procuraram mostrar que o homem é um ser criado por Deus, portanto de importância transcendental. Devendo valorizar-se, acreditando em si mesmo, não se deixando levar pelo modismo e nem pela vaidade. Contudo, tudo isso implica em mudança de hábitos arraigados ao longo do tempo, poucos enfrentam essa VERDADEIRA PÁSCOA. No entanto, não nos resta alternativa, senão de trilhar por esse árduo caminho que leva ao desapego: caminho da austeridade, da disciplina, da sobriedade, do silêncio e do AMOR AO PRÓXIMO E A NATUREZA.

Esses avanços espirituais da pessoa humana são lentos e demorados, cujo parâmetro para medir o estágio que ele se encontra, é o estado mental de ansiedade vivida em determinado momento. Quanto mais ansioso, mais distante de seu virtuoso destino. Em contrapartida, a sensação contínua de paz e tranqüilidade seria o grande indicador que o Ser Humano atingiu a outra margem do rio, completando sua Páscoa.

João da Cruz
Enviado por João da Cruz em 26/04/2011
Reeditado em 06/05/2011
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