PROTEÇÃO
Dê-te o que mal tire o leite. Faça-te, e isto basta: afasta-te de tua atuação materna.
O teu filho já passou dos anos, deixe. Isto basta. O teu menino, senhora, é agora um pasto... Verás tu, senhora, o quanto de gado... O gado! Será agora o teu filho o que foi tu, capim de capinzal, não brota de semente, sabias tu quando a gravidez se deu por anunciada: capim de costume: sai da imaginação da vida: mas o gado está lá!
Só os idiotas consideram oficial que no tabuleiro não apenas as damas comam para trás. Mudaram a regra do jogo e eu perdi a minha referência: desaprendi a lidar com as damas, desaprendi a jogar. Perdi, nisso tudo, umas oportunidades heróicas: caso eu as abra, mandarão vocês um sarro enorme de mim. Melhor ficar eu quieto, quietinho... Ou melhor?
Hum... que possibilidade! Tirariam vocês os escombros da minha alma: os aponto, a vocês, causadores de um bullyng por mim sofrido... E escrevo sobre uma alma vitimada! Afinal, se até a aspirante a princesa do reino (des)unido mereceu um apêndice das reportagens para falar de seu bullyng... De mim, um pobre plebeu de sangue esparso, merecemos os minutinhos de (des)atenção. Por que não?
Um boom de possibilidades sempre amanha uma preguiça enorme. O certo, certinho, vê a vida num caminho só: a sua conquista é na carreira. Já os imprecisos, esses param cedo. A eles se destinam tantas variantes. E param antes de começar:
- eis o destino da preguiça!
Não importa, mãe – seja pasto ou será parado – mas o filho teu, senhora, é impossível: convencer? Nunca. É filho, e isto basta. Aprenda, arrependa, se emenda. É vida, senhora. Sabe tu...
Que mereça ser contrariada: sabe aquele capim que o gado esqueceu? Sempre há uma folhinha...
...Sabe a folha que nos permite a sombra?