Por que fazer poesia?

Por que fazer poesia?

Dizem que o poeta é um grande fingidor, mas diante de certos textos podemos penetrar na alma do poeta e de lá extrair toda sua essência.

Entender cada palavra que lhe dá vida na devida importância que muitas vezes parecem sair de suas entranhas num processo cirúrgico das dores e desencantos que vai colhendo pela vida sejam amorosas ou mesmo profissionais e ainda aqueles mais sensíveis que expurgam todas suas dores sociais num mundo desigual e desumano, pautado na exploração dos seres menos favorecidos do sistema.

São palavras às vezes que mais se parecem com um aparelho de detectar verdades, que às vezes cismamos em não mostrar e vai que pelas entrelinhas um mais atento leitor vem e expõe toda a verdade que se pensava oculta. Assim os poetas estão expostos e postos numa mesa de um centro cirúrgico das interpretações, assim anestesiado e pronto para uma devassa de suas emoções.

É linda esta capacidade que os poetas têm de esconder suas verdades e de como elas se afloram pela lente do leitor mais antenado. Muitas vezes fala-se na terceira ou segunda pessoa, ou mesmo coloca todos no barco com as pessoas do plural, para falar da dor que ora sente, para falar da decepção que ora lhe aplaca. A bela arte da poesia, ainda mais quando dela faz uma síntese contundente diante de uma grande tragédia da alma.

Muito há que se reverenciar a estes seres de luzes, estes fingidores, que nos fazem repensar, a entrar por um labirinto na busca do entendimento e muitas vezes damos de cara a cara com como nossa própria vida nas palavras mágicas deles. Ai pensamos, será que ele escreveu para mim? Será que ele também esta passando ou passou por isto?

Aos mestres da arte de fingir (?), eu rendo as minhas homenagens a todos vocês por esta magia, que se na poesia é pura fantasia na vida é a mais pura verdade que nos alimenta de reflexões e belas emoções.

Toninhobira

18/04/2011

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 20/04/2011
Código do texto: T2920837
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