Leis mal cheirosas

É tão bom o sol virgem da manhã que mata a pele. Combina com as flores que eu não plantei, com a alface que não colhi e com o sonho que essa noite não tive. Os dias poderiam ser assim cheios de observações diferentes das grotescas. Como se não existissem tiros nas esquinas que graças a “Deus” estão longe das nossas. Tiros que matam inocentes e que são enterrados pelas tropas da ignorância.

E não é que há pessoas que vivem alheias a tudo isso? Devem viver mais felizes. Afinal, não fossem as informações que nos chegam nem saberíamos que mulheres morrem apedrejadas talvez até pelo simples desejo de mostrarem mais que as faces ao sol. Ainda bem que este sol aquece mais que minha alva pele de pensamentos multicores. Ainda bem que me armo da ousadia de distribuir estes pensamentos por ai...

E vejo que o jornal nos mostra novas guerras neste nosso solo. Deputado difamando minorias, contrariando nossas leis... E se inicia o caos da lei que os permitem ficar isentos a todas as penas. Nunca teve bom cheiro essa lei. Breve estarão uns gritando contra os outros: Por que não te calas? Resposta: - Venha aqui me calar! E as brigas serão resolvidas a balas. O cheiro destas desavenças terão sabor de quê? Leis mal cheirosas precisam ser revistas.

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 01/04/2011
Código do texto: T2883267
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