Todo carnaval tem seu fim( Ou não)
Alguém já disse assim: “Todo carnaval tem seu fim”! De fato, isso é uma verdade incontestável, do ponto de vista mais racional. Porém, dificilmente escrevo racionalidades. Prefiro não o ser!
Temporada meio de braços dados com sua sombra... Assim era Pierre, um amante nato das mulheres, da beleza da mulher e que por tabela, amara algumas em sua curta vida até então. Nosso amiguinho não tivera êxito nas estradas conturbadas da nobreza do amor! Natural! Poderíamos dizer que as mulheres são flores- escolha a que mais te agrada- eu digo que são rosas... Gosto bastante das rosas, na minha analogia são corações. Porém, diferem por terem espinhos e é aí que as mulheres se encaixam perfeitamente no conceito de rosa! Um cheiro e beleza entorpecedores, mas cortantes. Voltando ao nosso personagem... Pierre era sozinho, ainda sob efeitos severos da ingestão de uma rosa. Mas a vida é cheia de desvios, travessas, becos, perdidos e achados. Acharam Pierre! E tão rápido quanto o primeiro olhar foi a “paixonite” de nosso companheiro inseparável. Para aqueles que não sabem, o sufixo ITE designa inflamação, nesse caso a inflamação da paixão que envolve coração, loucura, alegria, calor e outras coisas que queimam!
De fato, era uma coisa bonita. Pierre para Maria e vice-versa, pelo menos era pra ser! Pierrô era... Ops, Pierre era aquele sujeito sincero, inflamável e um mergulhador de sentimentos. Maria... Bem, Maria era uma rosa! Essa é a parte da história que vi e lancei minha ótica. Ontem encontrei Pierre numa rua, chovia, ele sorria e chorava, não sei exatamente, mas cantava os últimos segundos de carnaval. A partir de agora é a ótica do nosso Pierrô e que de fato o carnaval teve fim pra ele antes de começar.
Aprendi que não adianta pedir pra Deus, Zeus, Totens ou qualquer outro! Ninguém vai ouvir. É incrível como você só quer gritar quando ninguém faz questão de te ouvir, você é pequeno demais. Eu ainda tentei tirar uns espinhos, mas era melhor mantê-los, pois cada vez que ela me visse saberia que um pouco dela ainda há em mim! Pensei que seria melhor que uma tatuagem, esta não me machucaria, e andava ferido demais.
Maria foi uma explosão, foi alguma coisa que eu jamais saberei explicar. Carnaval fora de época, folia, paixonite! E de verdade o carnaval teve fim! Ou melhor, ainda não terminou, não nesse ponto. Enquanto eu bebia olhando o mar... O mar é um fenômeno que gosto de observar, pra mim é um fenômeno. Mas enquanto isso... Alguém tropeçara em mim nem dava pra ver direito, mas era flor, espero que não tenha sido uma rosa. Ela carregava um violão e tinha aquela voz, só aquela! Sem dizer nada ela me cantou, cantou pra mim... Dizia alguma coisa sobre “lágrimas e chuva” e eu percebi que por mais importante e dolorosa a razão de estar chovendo de todos os lados, sempre iria aparecer alguém pra tocar pra mim, cantar uma justificativa, me dar uma flor, me fazer outro carnaval!