CONHECIMENTO NÃO É SINÔNIMO DE SABEDORIA!

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos..." (RUBEM ALVES)

O privilégio de ter uma mente dotada de capacidade de percepção acima da média é um atributo dado pela natureza, para não mais do que 10% da população. Interessante notar, que tal dádiva ocorre em todas as classes sociais. No entanto, é mais visível entre as classes sociais mais elevadas. Obviamente, o preparo intelectual possibilitado por melhores condições econômicas facilitaria sobremaneira o destaque dessas pessoas super dotadas na sociedade.

Muito embora, o estudo continuado não garante que um indivíduo seja no futuro uma PESSOA SÁBIA. Pois, tal atributo é uma dádiva da providência divina, inerente até para aqueles sem instrução formal. Infelizmente, o fato de possuir mais informações sobre a realidade, do que a maioria tem exacerbado sentimentos de prepotência e arrogância entre algumas pessoas que tiveram a oportunidade de estudar. Para essas, o conhecimento é tão somente um instrumento de poder, sendo um ótimo “divisor de águas” entre a elite letrada e o povo sem instrução.

É sabido que por mais experiente e conhecedor das coisas mundanas, o homem é limitado, não podendo explicar tudo. Na realidade, tal a diversidade de coisas a ser compreendidas no universo, pode-se dizer, que a pessoa mais inteligente do mundo é um perfeito ignorante. Logo, a arrogância observada em muitos intelectuais é um traço marcante de falta de sabedoria. Esquecem eles, que o Ser Humano é muito mais do que tudo isso. Logo, nós que tivemos oportunidade de estudar, devemos estar sempre atentos para não sermos seduzidos pela ilusão do conhecimento.

A propósito, tive a oportunidade de ler e posteriormente tecer alguns comentários sobre alguns textos escritos por um (a) intelectual aqui no recanto. Texto muito bem elaborado e oportuno. Principalmente porque, ensejaria um diálogo enriquecedor entre o autor (a) e os leitores, entre os quais me incluo. Contudo, observei que apesar de bem educada, a pessoa em questão, sutilmente não quis submeter-se a tal empreendimento. Na verdade, salvo melhor juízo, parece que ela quis apenas impressionar os leitores com sua capacidade argumentativa brilhante sobre um determinado problema. Portanto, nós outros, não estavam ao seu nível, sendo um desperdício de tempo rebaixar-se a tanto. Por outro lado, pode ser também, que eu possa ter ficado apenas magoado, pela pouca atenção dada por ela...!

João da Cruz
Enviado por João da Cruz em 07/03/2011
Reeditado em 07/03/2011
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