Dormindo com as baratas.

Silvio tinha muitos problemas. E ele estava incomodado com uma barata antes de dormir. Ele mexia, remexia, mas continuava inquieto. Resolveu então levantar, tentar matá-la, mas quando acendia a luz, a danada se escondia. "Deve ter ido embora" pensou. Mas quando se deitou, sentiu que ela passeava sobre o lençol. Meu a perna, tentando espantá-la, mas ela insistia em ficar ali.

Girou pra um lado, pro outro, tentou dormir, por um momento até conseguiu, mas no seu turbilhão de pensamentos, veio de novo a lembrança de que a barata estava ali. De novo ele levantou, e foi atrás dela, sua cabeça agora doía: tinha que trabalhar cedo, e não podia descansar desse jeito. Deitou de novo, na esperança de que ela tivesse ido embora, mas pra sua decepção, agora não havia apenas uma barata, e sim duas, que brincavam felizes sobre seu lençol. Tentava de toda forma dormir, mas toda vez que levantava pra caçar, agora três baratas, outra nova aparecia para lhe tirar o juízo.

Ele pensou no que iria fazer no outro - ou nesse - dia com as baratas. Até pensar doía àquela altura. O que era mais estranho em tudo, é que ele não conseguia encontrar nenhuma barata, "que baratas ninjas" ele reclamava. Em mais uma tentativa de encontrá-las, ele bateu o dedo mindinho na quina da cama, e com um grito escandaloso, desistiu de procurar, as agora, cinco baratas.

Quando amanheceu, Silvio estava coberto por baratas, baratinhas e baratões. Nem o banho de água morna fez com que elas desgrudassem do seu corpo, e ele foi trabalhar recheado de baratas.