Falando francamente sobre sexo
Hoje mais uma vez depois de deixar um erótico, (recebi email me lembrando que sou espirita e tenho um filho) quase uma brincadeira de encontros de sábado a noite, que presuponho que seja entre adultos e role sexo e sinceramente desejo que seja dos bons.
Sou segunda de quatro irmãs, uma mãe severa, evangélica, dominadora, desde cedo me ensinaram, mas não aprendi, que sexo era algo sujo, vergonhoso, coisa de mulher que não prestava. Minhas irmãs até hoje não conversam, não falam de sexo, às vezes comentamos que elas fizeram meus sobrinhos por mentalização e tem uma que é quatorze anos mais nova que eu.
Sempre fui muito aberta a qualquer assunto e sexo para mim foi , é e sempre vai ser algo natural (ou pelo menos pensei).
Quando faltava uma semana para meu filho completar sete anos, aconteceu um boberinha e ele veio com a primeira de muitas outras perguntas e sinceramente, ele não me perguntou de onde veio? A questão era bem mais profunda, fiquei sem jeito, pensei que estava preparada e na hora, pedi que fosse tomar banho, depois conversava, foi o banho mais rápido que ele já tomou.
Nesse tempo pensei e tomei a decisão...Não mentir, não dizer nada que fosse além do que a idade pudesse entender e acima de tudo, passar confiança, delicadeza e não fazer do sexo um bicho de sete cabeças.
Conversei, expliquei com um certo humor e fiz ele entender que sexo é bom, todo mundo um dia fez, faz ou vai fazer, se eu não tivesse feito ele não estaria ali, e acima de tudo, desde aquele dia mostrei para ele a beleza, o prazer do sexo e a responsabilidade e respeito que ele deve ter com seu corpo e pelo corpo de quem vai se deitar com ele. Afinal suponho que ele vai ter relações com uma mulher , então deve conhecer o corpo dele e da mulher com quem ele vai fazer sexo, que espero que seja sempre com carinho.
Não me preocupei com outras informações, não é preciso, é como boi que fura cerca, passa um, passa todos, e outras perguntas vieram, e todas respondidas com olhos nos olhos, valorizando o sexo de forma positiva.
Hoje meu filho tem treze anos, é sem duvida meu melhor amigo, falamos de sexo, drogas, religião, estudo e qualquer outro assunto se fala com a naturalidade que se comenta o que vamos fazer de almoço. Em nenhum momento passei por canstrangimento por agir assim, se ele ouve algo de colegas mais velhos, vem me pergunta, eu explico, e sei da confiança que ele tem em mim, assim como eu separada, falo tudo com ele. Somos uma dupla que se respeita e entre amigos não pode haver segredos, desde que esses segredos não ultrapasse a privacidade do outro.
Uma das coisas que já sabia e confirmei , nunca bater (aliás isso não deve acontecer em nenhuma situação), nem grite...!! A sensação de proibido pode ser um estimulante. E também não resolve nada.
As crianças assim vão continuar fazendo, só que escondido. Enquanto o filho estiver nos contando o que se passa, se comunicando, temos uma grande vantagem: podemos trabalhar a situação, sempre aberto ao diálogo.
As crianças assim vão continuar fazendo, só que escondido. Enquanto o filho estiver nos contando o que se passa, se comunicando, temos uma grande vantagem: podemos trabalhar a situação, sempre aberto ao diálogo.