TRÊS BURROS EM UM MESMO INSTANTE
Será que o bom da vida é não saber o que teremos de novo? Já que o dia pode nos ofertar do bom e do pior, para que perguntar ao sol, o que será do amanhã? Claro que tudo tem sua utilidade, principalmente nesta época de repentinos desastres naturais, mas deixando eles de ladinho um pouco, por que saber tudo sobre o amanhã? Para que perder a ilusão de que não morreremos pobres?
Tudo bem que se você descobrir que pode morrer muito mais breve do que pensa e há como atrasar o derradeiro dia, por que não?! Mas eu estava pensando mesmo era em coisas pequeninas. Por exemplo, você tem uma festa para ir, mas fica sabendo por um passarinho transparente que depois da segunda dose do seu drink predileto você acidentalmente manchará sua bela roupa com a bebida e adeus carpediem, desistiria de ir à festa?
Uma vez em que precisava de um carroceiro, acenei para um velho que ia lentamente com sua carroça, estacionei o carro e fui lá combinar um negócio com ele. Enquanto tratava do assunto e não sabia se o senhor me entendia ou não, não é que o cavalo parecia incomodado e não parava de ficar indo e vindo... O carroceiro ficava puxando pelas rédeas enquanto me ouvia e respondia. Mas o cavalo era tão mal educado, que nem deixava a gente trocar o endereço direito. Parecia essas crianças pirracentas que ficam puxando a mãe pelo braço quando ela encontra uma amiga. Expliquei onde era para buscar a cadeira, mas o senhor não entendia o endereço para onde levá-la. E o sol estava quente... O pior é que o cavalo idiota não ficava quieto e de repente ele estava equilibrando a roda da carroça no meu pé. Deve ter me faltado a palavra certa, pois lá estava eu gesticulando para o carroceiro puxar a rédea do cavalo para o outro lado e já não sabia quem era mais imbecil, se era eu, o cavalo ou o dono dele. Por fim, a combinação deu certo, mas fui para o carro com o pé todo doloridinho.
Soubesse eu que teria essa experiência da carroça sobre meu pé eu nunca teria abordado o carroceiro e nem escrito essa crônica.
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já começou!
www.letrasdobviw.blogspot.com
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Tudo bem que se você descobrir que pode morrer muito mais breve do que pensa e há como atrasar o derradeiro dia, por que não?! Mas eu estava pensando mesmo era em coisas pequeninas. Por exemplo, você tem uma festa para ir, mas fica sabendo por um passarinho transparente que depois da segunda dose do seu drink predileto você acidentalmente manchará sua bela roupa com a bebida e adeus carpediem, desistiria de ir à festa?
Uma vez em que precisava de um carroceiro, acenei para um velho que ia lentamente com sua carroça, estacionei o carro e fui lá combinar um negócio com ele. Enquanto tratava do assunto e não sabia se o senhor me entendia ou não, não é que o cavalo parecia incomodado e não parava de ficar indo e vindo... O carroceiro ficava puxando pelas rédeas enquanto me ouvia e respondia. Mas o cavalo era tão mal educado, que nem deixava a gente trocar o endereço direito. Parecia essas crianças pirracentas que ficam puxando a mãe pelo braço quando ela encontra uma amiga. Expliquei onde era para buscar a cadeira, mas o senhor não entendia o endereço para onde levá-la. E o sol estava quente... O pior é que o cavalo idiota não ficava quieto e de repente ele estava equilibrando a roda da carroça no meu pé. Deve ter me faltado a palavra certa, pois lá estava eu gesticulando para o carroceiro puxar a rédea do cavalo para o outro lado e já não sabia quem era mais imbecil, se era eu, o cavalo ou o dono dele. Por fim, a combinação deu certo, mas fui para o carro com o pé todo doloridinho.
Soubesse eu que teria essa experiência da carroça sobre meu pé eu nunca teria abordado o carroceiro e nem escrito essa crônica.
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