A SOLIDÃO QUE O ESPELHO VENCE.
Nunca será demais falar da solidão. Na medida em que temos certeza de que ninguém é feliz sozinho, estamos, naturalmente, temendo a solidão. Nesse mesmo liame de raciocínio, podemos imaginar que as pessoas ficam sozinhas por motivos diversos. Ficar sozinho por pequenos momentos ou períodos, pode até ser salutar. Aplica-se então a máxima popular que diz não haver felicidade, mas momentos felizes. Há controvérsias, mas já é um bom começo diante da imensa legião de solitários abrigados nestes tempos modernos.
Certamente que a solidão atormenta. Mas não podemos adotar uma linha simplista desse conceito, partindo da premissa de que nossa sociedade não discute a solidão da mesma maneira como discute, por exemplo, futebol. Nossa cultura ainda nos prepara para não ser feliz sozinho e vai além: estimula direta ou indiretamente o nosso encontro com a "cara metade", com nossa "banda da laranja", com nossa "alma gêmea". SENDO a vida breve, talvez precisemos no futuro redefinir esse conceito. Provavelmente estimulando o amor próprio que parece que vive fora de nós sempre que buscamos nossa outra "banda". Este sentido que damos a vida para diminuir nossa solidão, parece nos reduzir à metade. Se não formos metade não temos como ir buscar a outra metade. Neste ínterim, indagamos: não podemos ser felizes acompanhados por inteiro? Sendo cada pessoa única e completa não haveria forma de união entre os dois? Creio que sim! E já existem esses atores sociais em pleno funcionamento. Não se trata de pessoas que não necessitem da completude afetiva, posto que os sexos são diferentes e mesmo quando iguais há dimensões de afeto envolvidas que fazem a diferença.
Gente na lógica do APÊNDICE é ruim. Gente não pode ser metade da mesma forma que não pode ser inteira só por birra ou da boca pra fora. Talvez a gente possa ser feliz sozinho sim! Num contexto próprio, particular, em que nosso estado de espírito não se anule porque não tem na cama alguém especial para dormir junto; para dividir a vida. Afinal, há também um adágio popular que assegura ser melhor viver sozinho do que mal acompanhado. Há, certamente, quem prefira está mal acompanhado, mas talvez aí resida algum princípio de patologia da solidão que talvez um psicanalista seja recomendado.
Começo a desconfiar que a teoria de que não podemos ser felizes sozinhos esteja em "corda bamba". As noites dos sábados estão cheias de pessoas felizes consigo mesmas; pessoas que entram nos bares, tomam uma bebida, até conhecem alguém, mas saem sozinhas. Claro que podem sair tristes, mas há muitas que saem felizes. Não se queira imaginar que uma boa companhia seja dispensada em função de que poderemos um dia ser felizes sozinhos. Esta é uma alternativa que não poderemos dispensar, pois uma pessoa que nos leve aos "céus" só não quer quem já morreu. O que avocamos é a possibilidade de nos gostarmos mais e primeiro de nós mesmos. O que vier depois é lucro. O que está em nós é fruto de um novo processo de amor e de felicidade. O ponto desse processo continua sendo o AMOR. Este será sempre o fiel da balança da solidão definitiva, passageira ou parcialmente existente. O que não podemos é nos pressionar internamente porque nossa "alma gêmea" não chegou. Toda manhã no espelho a gente sempre encontra nossa "cara metade"... Detalhe: nossos espelhos não mentem jamais.
Nunca será demais falar da solidão. Na medida em que temos certeza de que ninguém é feliz sozinho, estamos, naturalmente, temendo a solidão. Nesse mesmo liame de raciocínio, podemos imaginar que as pessoas ficam sozinhas por motivos diversos. Ficar sozinho por pequenos momentos ou períodos, pode até ser salutar. Aplica-se então a máxima popular que diz não haver felicidade, mas momentos felizes. Há controvérsias, mas já é um bom começo diante da imensa legião de solitários abrigados nestes tempos modernos.
Certamente que a solidão atormenta. Mas não podemos adotar uma linha simplista desse conceito, partindo da premissa de que nossa sociedade não discute a solidão da mesma maneira como discute, por exemplo, futebol. Nossa cultura ainda nos prepara para não ser feliz sozinho e vai além: estimula direta ou indiretamente o nosso encontro com a "cara metade", com nossa "banda da laranja", com nossa "alma gêmea". SENDO a vida breve, talvez precisemos no futuro redefinir esse conceito. Provavelmente estimulando o amor próprio que parece que vive fora de nós sempre que buscamos nossa outra "banda". Este sentido que damos a vida para diminuir nossa solidão, parece nos reduzir à metade. Se não formos metade não temos como ir buscar a outra metade. Neste ínterim, indagamos: não podemos ser felizes acompanhados por inteiro? Sendo cada pessoa única e completa não haveria forma de união entre os dois? Creio que sim! E já existem esses atores sociais em pleno funcionamento. Não se trata de pessoas que não necessitem da completude afetiva, posto que os sexos são diferentes e mesmo quando iguais há dimensões de afeto envolvidas que fazem a diferença.
Gente na lógica do APÊNDICE é ruim. Gente não pode ser metade da mesma forma que não pode ser inteira só por birra ou da boca pra fora. Talvez a gente possa ser feliz sozinho sim! Num contexto próprio, particular, em que nosso estado de espírito não se anule porque não tem na cama alguém especial para dormir junto; para dividir a vida. Afinal, há também um adágio popular que assegura ser melhor viver sozinho do que mal acompanhado. Há, certamente, quem prefira está mal acompanhado, mas talvez aí resida algum princípio de patologia da solidão que talvez um psicanalista seja recomendado.
Começo a desconfiar que a teoria de que não podemos ser felizes sozinhos esteja em "corda bamba". As noites dos sábados estão cheias de pessoas felizes consigo mesmas; pessoas que entram nos bares, tomam uma bebida, até conhecem alguém, mas saem sozinhas. Claro que podem sair tristes, mas há muitas que saem felizes. Não se queira imaginar que uma boa companhia seja dispensada em função de que poderemos um dia ser felizes sozinhos. Esta é uma alternativa que não poderemos dispensar, pois uma pessoa que nos leve aos "céus" só não quer quem já morreu. O que avocamos é a possibilidade de nos gostarmos mais e primeiro de nós mesmos. O que vier depois é lucro. O que está em nós é fruto de um novo processo de amor e de felicidade. O ponto desse processo continua sendo o AMOR. Este será sempre o fiel da balança da solidão definitiva, passageira ou parcialmente existente. O que não podemos é nos pressionar internamente porque nossa "alma gêmea" não chegou. Toda manhã no espelho a gente sempre encontra nossa "cara metade"... Detalhe: nossos espelhos não mentem jamais.