Ontem sonhei em aramaico. Na primeira linha, escrito como se com giz deitado e em primeiro plano de um tela escura, estava um grande Y seguido de pontinhos que lembravam mm ou nn. Na segunda linha estavam dois I's maiúsculos seguidos de dois pontinhos. O mais perto que cheguei em minhas pesquisas é que são letras e nada além de “khuasa” e “alap” que não faço a menor idéia do que sejam. Mas fiquei remoendo a razão para eu sonhar naquele idioma. Talvez pelas ultimas notícias vindas do Egito e adjacência. Sei eu lá... Mais um sonho não identificado. No entanto, daí em diante, fiquei pensando em hebraicos e aramaicos; Yeshua, discípulos, mensagens homens e Deus e no making of do destino e conclui que não foi Deus que parou no sétimo dia e lá ficou desde então apostando na Sua obra e rindo da nossa cara, mas o homem, que na maioria que sequer vale o pirão que come, que se enrijou na ganância e se locupleta com as vantagens ao fazer o outro se sentir pior do que já está e, ou por ignorância, incapacidade de sentir afeto ou temor ao destino que não se reinventa , dorme como se fosse um justo sem pensar em consequências.
Não sei dos outros, mas eu saí pelo mundo com planos de reforma. Vi caírem mil a meu lado, dez mil a minha direita sem ser atingida, agora aguardo contemplar, ver o castigo dos ímpios que desconhecem que no Altíssimo fiz meu asilo e que da minha tenda não se há de acercar nenhum flagelo.
Quê mais resta ao homem que perdeu a fé no homem, principalmente naquele que beija mãos na primavera, criancinhas pré fabricadas para serem beijadas e cria rebuscados estatutos para idosos de gerações analfabetas; programas para separar o rico do miserável “massivamente” convencendo-o de que sua casa é sua vida...desde que seja em outros feudos.
Não esticarei este assunto ou ninguém se dará o trabalho de lê-lo, mas muito, muito mais há para dizer – o que deixo para os “comentaristas” que por ventura tenham entendido o ponto desta visão.
Soaroir de Campos
SP/SP Fev.19/2011
Para : Pote de Poesias