Mensagem pronta é o caralho!
Fui postar meus últimos dois escritos e, como de costume, sempre acesso pelo Orkut os meus blogs. Aproveito e dou uma lida nos recados (scraps). E hoje veio bem a calhar; encontrei o motivo necessário para o que eu queria escrever há algum tempo: EU ODEIO RECADO PRONTO!!! A estes, podem-se incluir PowerPoint, mensagens engraçadinhas, fotos de bichinhos, piadas, qualquer coisa que se pareça com isso. O que a pessoa quer provar pra você? Que ela pensa em você e que lembrou imediatamente da sua pessoa quando viu aquela porcaria escrita??? Deus! Estou farto disso também, juro! Chega de receber mensagens idiotas de bom dia, boa noite, aniversário, natal, ano novo, morte da bezerra, qualquer merda dessas! Poupem-me, deixem-me em paz. Mensagem pronta é o caralho! Detesto essa merda. Se a intenção era dizer que gostava de mim, que pensava em mim ou que, até mesmo só mandou pra encher o saco; o que eu leio é: “sou ignorante demais para escrever qualquer coisa que preste para você! Sou incapaz, sou imbecil, sou uma pessoa que não consegue juntar duas palavras para formar uma frase!!!” Pronto! É exatamente isso que eu penso de pessoas que me mandam, dia e noite sem parar, essas merdas de mensagens prontas. É insuportável. O pior é que essa porra vem cheia de desenhos e algumas ainda tocam músicas. E pra piorar ainda mais, a mensagem ocupa, em quase cem por cento das vezes, mais do que uma tela inteira. Eu pergunto: pra quê isso? Pode ser, e tenho certeza disso, que alguém vai gostar disso, mas não eu. Não gosto e ainda completo: eu apago absolutamente todas sem ler sequer uma palavra!
Queria que o inventor dessas mensagens ardesse no inferno. Queria que a família toda dele pagasse por isso também. Não venham me falar que tal frase é bonita, que tal citação é legal, que tal autor disse isso ou aquilo. Se quiser, escreva com seus próprios dedos. Use aspas para indicar o que alguém disse e fale que aquilo não é seu. Mas se você escreveu com suas próprias palavras, quer dizer que um pouquinho, bem pouquinho, você se importa com essa pessoa. Garanto que quem ler vai pensar assim, na pior das hipóteses: “não disse nada que eu não sabia, mas gastou seu tempo escrevendo para mim!” Pior seria se a pessoa gastasse dois segundos clicando na merda de um site idiota e mandado uma porcaria de mensagem, que por sinal, você já recebeu de um outro idiota preguiçoso. Por favor, imploro-lhes: não à mensagem pronta! Sim à criatividade! Garanto que é muito mais bonito você tentar reproduzir com suas palavras aquilo que você leu em uma mensagem idiota, (e mesmo assim gostou) do que você ficar se passando por um semi-analfabeto sem criatividade. E dessa lista de pessoas – que insistem em me aporrinhar – estão algumas muito importantes; os parentes (mãe, já disse que chega), grandes amigos (não, não é legal você dizer que gosta de mim me jogando esse tanto de lixo pronto), pessoas que eu não conheço pessoalmente (o fato de eu estar nos seus amigos do Orkut ou na sua lista de e-mail não quer dizer que eu quero receber essa merda que você insiste em mandar para todo mundo) e qualquer outro tipo de pessoa ou situação.
O mundo vai ser melhor o dia que eu não receber nenhum coraçãozinho, nenhum bichinho, nenhum coloridinho escroto com frases de grandes personalidades. Não estraguem a literatura, não destruam os pensamentos filosóficos, não assassinem a inteligência humana. Se você não presa por seu cérebro, garanto-lhes: eu preso pelo meu. Quer dizer algo pra mim?, use as suas palavras. Diga o que tiver que dizer com o que tem dentro de você. Se não tem nada dentro de você, então, o melhor é não dizer nada. É simples. Deixe minha vista guardada para o que presta. Quero ler meus livros em paz, quero ver meus vídeos em paz, quero usar minha inteligência para algo maior, algo que não seja ficar clicando com o mouse no “deletar”! E, se você leu esse texto e ainda assim quer me xingar porque eu te incomodei, faça um favor para você e para o mundo: PARE DE PROCURAR MENSAGEM PRONTA E VÁ LER UM LIVRO! Te juro que, assim, não irá lhe faltar coisas a serem ditas.