Cristina - MG
NÃO ESQUEÇAM, AS HORAS PASSAM
O relógio do tempo não gira, voa. Percebo que mal amanhece o dia e logo finda. Mal começa o ano e logo termina. Com essa velocidade é cada vez mais rápida a estada do homem na terra. Mal começa a aurora da existência e logo o crepúsculo da vida se avizinha. Sem pedir licença, ele se apossa do individuo e calmamente vai tragando-lhe o vigor da juventude.
O homem reluta em aceitar as inevitáveis marcas produzidas pelo relógio temporal. Marcas que assustam; marcas deixadas no corpo pela escassez da vitalidade humana.
O animal humano desvia, quase sempre, o trajeto natural da vida, a cada manhã que se avizinha e a cada dia que passa.
No afã do aprendizado o homem procura o seu “eu” inteiro, sem as distorções adquiridas no percurso incessante dessa busca. Um “eu” maior, exponencial da verdade plena, reservado àqueles que por ele buscam.
Segundo Rosé Ingenieros, “a vida vale pelo uso que dela fazemos, pelas obras que realizamos” e que “a imortalidade é o privilégio dos que fazem sobreviver aos séculos e por elas é medida”. É por isso, que o homem pode e deve lutar pela verdade absoluta dos fatos. Deve instigar a verdade nos outros. Deve provocar as indagações em si e no outro. Isto, porém, só ao sábio compete, já que o homem mediano não consegue alcançar.
Quem é o homem sábio, e o homem mediano? O homem mediano é aquele que apesar do saber, não consegue olhar além do próprio umbigo, acredita que ele se basta, e que o outro é apenas o outro com suas mazelas e seus pesadelos.
O homem sábio é aquele que tendo o saber, sabe fazer uso dele, para si e para os outros. Sabe distinguir entre a insatisfação e o prazer, entre o avançar da idade e a juventude, entre a amizade e o interesse e além de tudo isto, sabe viver a vida como ninguém.
O sábio não escolhe, faz os amigos. Ele nunca fica sozinho, porque os conduz em seus pensamentos. Partilha o riso, o ganho, a perda e o sentimento.
O sábio ouve mais do que se faz ouvir. Por assim ser, gosta de estar num canto, ouvindo os sons das palavras, mesmo que estas, não estejam sendo pronunciadas. Por isto ao sábio o bate papo é sempre bem vindo.
Rio, 11/01/2011
Feitosa dos Santos
NÃO ESQUEÇAM, AS HORAS PASSAM
O relógio do tempo não gira, voa. Percebo que mal amanhece o dia e logo finda. Mal começa o ano e logo termina. Com essa velocidade é cada vez mais rápida a estada do homem na terra. Mal começa a aurora da existência e logo o crepúsculo da vida se avizinha. Sem pedir licença, ele se apossa do individuo e calmamente vai tragando-lhe o vigor da juventude.
O homem reluta em aceitar as inevitáveis marcas produzidas pelo relógio temporal. Marcas que assustam; marcas deixadas no corpo pela escassez da vitalidade humana.
O animal humano desvia, quase sempre, o trajeto natural da vida, a cada manhã que se avizinha e a cada dia que passa.
No afã do aprendizado o homem procura o seu “eu” inteiro, sem as distorções adquiridas no percurso incessante dessa busca. Um “eu” maior, exponencial da verdade plena, reservado àqueles que por ele buscam.
Segundo Rosé Ingenieros, “a vida vale pelo uso que dela fazemos, pelas obras que realizamos” e que “a imortalidade é o privilégio dos que fazem sobreviver aos séculos e por elas é medida”. É por isso, que o homem pode e deve lutar pela verdade absoluta dos fatos. Deve instigar a verdade nos outros. Deve provocar as indagações em si e no outro. Isto, porém, só ao sábio compete, já que o homem mediano não consegue alcançar.
Quem é o homem sábio, e o homem mediano? O homem mediano é aquele que apesar do saber, não consegue olhar além do próprio umbigo, acredita que ele se basta, e que o outro é apenas o outro com suas mazelas e seus pesadelos.
O homem sábio é aquele que tendo o saber, sabe fazer uso dele, para si e para os outros. Sabe distinguir entre a insatisfação e o prazer, entre o avançar da idade e a juventude, entre a amizade e o interesse e além de tudo isto, sabe viver a vida como ninguém.
O sábio não escolhe, faz os amigos. Ele nunca fica sozinho, porque os conduz em seus pensamentos. Partilha o riso, o ganho, a perda e o sentimento.
O sábio ouve mais do que se faz ouvir. Por assim ser, gosta de estar num canto, ouvindo os sons das palavras, mesmo que estas, não estejam sendo pronunciadas. Por isto ao sábio o bate papo é sempre bem vindo.
Rio, 11/01/2011
Feitosa dos Santos