Igreja Católica: de opressora à oprimida
A História está sendo reescrita
Igreja Católica: de opressora à oprimida
Já se foi o tempo em que a Igreja Católica exercia grande influência sobre os cidadãos. Seus dogmas eram incontestáveis. As poucas pessoas que se atreviam a discordar das crenças religiosas eram acusadas e mortas pela Santa Inquisição. Eram os hereges. Mas a heresia não se limitava às discordâncias religiosas. Hereges eram as pessoas que a Igreja Católica assim descrevesse. Eram os que discordavam da política dominante, os filósofos, os judeus, os protestantes, as bruxas. Enfim, todos aqueles que, de qualquer forma, se opunham aos dogmas ditados pela Igreja Católica. Muitos foram perseguidos pela Santa Inquisição: o cientista italiano Galileu Galilei por defender que era a Terra que girava em torno do Sol (heliocentrismo); a heroína francesa Joana D'arc foi queimada pelas chamas da Inquisição por ser considerada bruxa, uma vez afirmar que ouvia espíritos que a ajudavam a vencer batalhas com o mínimo de mortes; o filósofo italiano Giordano Bruno foi igualmente queimado vivo com uma tábua e pregos na língua para parar de blasfemar. Também não podemos esquecer de execuções em massa, como o ocorrido no sul da França em 1198 por uma Cruzada liderada pelo Papa Inocêncio III. E tudo em nome de Deus. Mas o mais estranho é que Jesus Cristo, filho de Deus, o maior exemplo de vida na Terra, jamais levantou a mão contra os que divergiam de suas ideias. Muito pelo contrário, estendia-a a todos os que precisavam, inclusive seus inimigos. Até mesmo na hora de sua morte pediu ao Pai o perdão dos que o acusavam. Muito diferente dos que, anos após, se diziam representantes de Deus na Terra para, em Seu nome, matar inocentes. Mais recentemente, inúmeros escândalos têm surgido envolvendo o mais alto escalão da Igreja Católica em atos de pedofilia. Usar o nome de Deus para praticar abusos: esta é a face opressora da Igreja Católica. Somados a estes fatos, vê-se que a Igreja Católica há muito tempo vem se esquivando de questões importantes para a sociedade como o aborto, o casamento de seus padres, sexo antes do casamento e o uso de preservativos para o controle de natalidade. A rigidez de seus dogmas que outrora justificou massacres, hoje é repetido. Não causa batalhas e mortes, mas faz surgir novas concepções religiosas que se opõe ao Catolicismo, a exemplo do que ocorreu no Século XVI, quando do surgimento do Protestantismo. Atualmente, vemos inúmeras novas Igrejas, cada qual com seus dogmas, as quais a cada ano arrebanham cada vez mais fiéis da Igreja Católica. O Catolicismo está perdendo espaço pela incompreensível atitude passiva que está tendo diante dos problemas sociais. Parece querer que a sociedade se modifique para respeitar seus dogmas, alguns dos quais já há muito ultrapassados. Nas chamas que outrora queimavam seus inimigos, hoje incendeiam os seus próprios dogmas Católicos. Pelo sentido inverso, é a história sendo reescrita...