Felicidade: freios da infelicidade. (BVIW)
Felicidade. Olha! Palavrinha difícil de conceituar. Até porque, cada um de nós, acredito, a conceitua à sua maneira. Eu, particularmente, gosto das definições de Schopenhauer : “a felicidade é a ausência da infelicidade” e de um amigo : “a felicidade ocorre quando um problema que nos aflige muito é solucionado”, nesse sentido, um simples copo com água para alguém que está sedento por horas pode ter um sabor imensurável de felicidade, já, passada a sede.... Como perceberam, meu amigo, mesmo sem conhecer Schopenhauer, está afinadíssimo com ele, e eu, com os dois.
Para mim, sem querer ser muito ou pouco realista, felicidade são freios da infelicidade. Eu explico: o que é nossa vida senão uma estrada longa e larga, margeada por paisagens de todas as formas e cores, recheada de sabores indefiníveis e perfumada com odores indescritíveis. E nós? Passageiros conduzidos em alta velocidade por uma tal infelicidade.
E por que a denomino assim? Ora, porque esse condutor é tão veloz que as cores, os sabores e os odores nos chegam sinestésicos, deixando-nos impossibilitados de senti-los e vê-los em suas plenitudes. Porém, surgem ao longo da viagem curvas, declives, crateras, e então se faz necessário que o condutor desacelere, use o freio. E são nesses breves momentos que podemos apreciar todas as belezas do caminho. E só para exemplificar, hoje meu condutor usou o freio, me senti indisposta, por isso, precisei sair mais cedo do trabalho, e por isso também consegui escrever essas felizes palavras para vocês.