QUEM VIVE DE AMOR NUNCA É ESQUECIDO

Se ontem eu estava quase atirando pedras, hoje acordei cantando LOVE ME TENDER. Nem eu conseguiria explicar a ternura que estou sentindo por mim mesma. Cheguei agora do posto. Fui lá colocar óleo no carro. A chuva incessante dançava no para brisa dando um ar quase angelical a toda natureza que me cercava. O mundo poderia ser assim absolutamente cândido e os problemas simples feito uma recarga de óleo em um motor de um carro.

Tomo ou não tomo mais um café? Agora um sem a pressa da hora marcada com direito a pios de passarinhos que se refugiam da chuva ao redor da minha casa. Mas por que este piar sem fim? - Está tudo bem aí, Senhor passarinho? Ninguém melhor que Daggerlor para me falar de tudo que anda acontecendo do lado de lá do terreiro.

- Dagggerlor! O chamei fortemente, me dando conta finalmente que fazia dias não lhe dava nenhuma atenção. Não tive resposta e chamei de novo.

- Daggerlor!

De muito distante ele respondeu que viria assim que estiasse.

- Desde quando uma simples chuva lhe impede de correr para mim? Falei mais para mim mesma já que ele não ouviria.

- Desde que ele está cuidando da mini-passarinha. Respondera Bikinho.

Deixei para lá o segundo café e fui para o terreiro imediatamente. Lá estava ele pajeando um passarinho com a perninha em gaze. Foi só me aproximar e Daggerlor me encheu os pés de beijinhos. Não existiria neste mundo um sapinho mais encantador que aquele.

- Por que não me pediu ajuda para cuidar do passarinho?

- Você já tem serviço demais e já cuida de muita gente.

Ele nunca saberia, mas havia descoberto que toda angustia que sentira ontem, vinha da falta que ele fazia quando ficava muito longe dos meus dias. Agora tudo voltaria ao normal e nada diminuiria as cores da vida.

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 13/12/2010
Reeditado em 13/12/2010
Código do texto: T2668783
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