Entrando na brincadeira outra vez
Anabailune, colega de ofício e de vício, a partir de um texto de Oren Arnold escreveu uma belíssima crônica sobre o que gostaria de dar como presente de Natal. E ainda nos convidou a fazer o mesmo sobre o tema. Sinceramente não é uma tarefa fácil porque se Arnold brilhou na síntese, Anabailune o fez ao discorrer sobre o assunto e assim os dois, praticamente esgotaram nossas possibilidades criativas.
Mas como recusar um convite pessoal de uma escritora tão simpática e talentosa? E como resistir a um desafio desse quilate?
Pois vamos lá, partindo do tema que motivou a inspiração de Anabailune, tentar responder a pergunta:
O que você daria de presente para:
Começo reproduzindo o texto que serviu de base para a crônica da Anabailune.
“Ao meu inimigo, o perdão;
Ao meu oponente, a tolerância;
Ao meu amigo, meu coração;
A um cliente, serviço;
A todos as pessoas, caridade;
Para cada criança, um bom exemplo;
Para mim mesmo, respeito.”
Confesso que li e reli e enquanto fazia isso não consegui encontrar nada que fosse verdadeiramente meu para que eu pudesse dar a cada um dos presenteados; nem que eu julgasse adequado para cada um deles. Tentei expressar para mim mesma quais os verdadeiros conceitos que tenho sobre essas e outras qualidades, mas logo desisti porque esse não seria o caminho a ser trilhado. Percebi que o que eu desejava mesmo era encontrar uma única palavra que pudesse resumir tudo o que sinto sobre o outro, seja lá quem for esse outro e que eu gostaria, se fosse possível, dar a ele como presente de Natal.
Aí a coisa ficou mais fácil porque a palavra chave estava ali mesmo dentro do texto publicado, acenando para mim desde o princípio. O melhor presente para qualquer um dos presenteados é aquele que o autor disse que daria a si mesmo: respeito. Pois afinal, não é o que nos ensina a Lei Divina? Amar o próximo como a si mesmo? E o que é o respeito senão a forma mais profunda d o Amor? Palavra mágica, faz parte da composição de tudo o que, de uma forma ou de outra, representa uma boa qualidade. Porque sem respeito nada vale à pena. Meu inimigo merece o respeito que exijo dele. Meu oponente seja de que espécie for, merece o meu respeito também. Ao amigo, o que posso dar de melhor é o meu respeito. Amizade em que falta o respeito não é uma verdadeira amizade. Assim como o amor, que acaba quando o respeito acaba. Também os meus clientes esperam de mim o respeito. Todas as pessoas do mundo querem ser respeitadas, sejam elas crianças, jovens, pessoas maduras ou idosas. E eu, mais que tudo que possam me oferecer, é do respeito à primazia. Mas só me darão esse respeito se eu mesma fizer dele a exigência máxima para mim mesma.
E é assim, meus amigos e meus inimigos, meus oponentes e concorrentes, pessoas que amo do fundo do coração, tanto no mundo real quanto no virtual, meus leitores, de qualquer idade ou sexo, a raça humana como um todo, com suas diferenças e semelhanças eu aproveito para dar a-lhes o meu PRESENTE DE NATAL que é o Respeito que merecem.