Tropa de Elite
O assunto continua a repercutir, a situação da segurança no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro continua em suspensão. Paira no ar um grande ponto de interrogação. E agora José?
O serviço de inteligência deu mostra de eficiência na ocupação. Mas houve duvidas... Como questiona o quadro Carta ao Leitor da Veja desta semana: “Como os bandidos que dominavam o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, conseguiram escapar do cerco da policia e das forças armadas? Mais: onde eles foram parar? Baixada a poeira da festa pela libertação dessas áreas das garras do tráfico, essas perguntas permanecem sem respostas claras.”.
O que deixa a população com o coração em sobressaltos é, o que acontecerá com a população, que auxiliou nas operações se o governo não souber administrar a situação a partir daqui? E quando o exercito se retirar e a policia frouxar, perder o ímpeto, quando as câmeras da mídia estiverem apontando em outra direção?
Lendo a Super Interessante Especial Tropa de Elite, saída no começo de novembro. Deparei-me com a seguinte afirmação: “A situação nas favelas cariocas esta muito longe das descritas pelo filme. Enquanto na sugestão o Bope sobe o morro e expulsa os bandidos e deixa um vácuo de poder ocupado pelas milícias, no mundo real o batalhão esta muito longe de ao menos ter livrado as comunidades da violência.”.
Mas no final de novembro foi o que vimos acontecer, não só o Bope, é claro. Mas o Bope, as Forças armadas, policia militar... Uma união que parece ter dado certo.
Espero que aqui a vida não imite a arte e deixe o vácuo para algum poder paralelo.
É nessa hora que o sistema politico no Brasil deveria funcionar. Funciona bem quando o quesito é a aliança com a máfia e o tráfico. Deveria funcionar com uma aliança em prol da população.
É possível, ainda há algo de bom, ainda existem muitos coronéis Nascimento da vida real. Ainda há homens que amam a profissão e trabalha duro, comprometendo até mesmo a paz de sua vida pessoal.
Quando os marginais desceram para o asfalto e declarou guerra a população, retaliação as UPP’s. A população estarrecida entrou em pânico. Os órgãos de segurança tinham uma missão. E missão dada “parceiro” é missão cumprida.
E os marginais fugiram.
Mesmo que tenha tido um vazamento, uma rota de fuga que perfurou o muro de contenção feito pela união das forças de segurança e defesa. O fato é que fugiram, não houve conflito. Fugiram deixando o despojo. Uma comunidade carente. Carente de boa força policial, de saneamento básico, educação, entretenimento...
Se não houver um eficiente plano de continuidade na operação, teremos que recorrer às armas novamente. E o inimigo agora, será outro.