Meu Rio em Guerra
Uma cidade em guerra. Foi assim que nestes dias vi meu Rio de Janeiro.
Por entre as fumaças negras de ônibus, carros e motos; ao som de fuzil e granadas o Cristo pairava de braços aberto sobre a Guanabara.
Só que a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão não estão lá.
Minha cidade se afogou no que mais parecia uma guerra civil.
A população emergiu em medo. O mundo viu meu Rio em Guerra...
Ao sair ao trabalho, me senti o Marlin, pai do Nemo na animação Disney. Você sai de casa, olha se esta tudo bem e volta, Então sai mais uma vez e volta de novo. Se quiser uma terceira vez...
As noticias chegavam durante o dia como comunicados de guerra. Quase me vi participante do filme The Warriors (Os selvagens da noite) onde um grupo de rapazes precisam atravessar um cidade em guerra na tentativa de chegar em casa.
Do centro do Rio, onde trabalho, até ao subúrbio, onde moro, o meu ônibus vai cortando todas as favelas, ou a maioria delas.
O coração, no caminho, dispara a cada sirene.
Fica gélido no engarrafamento.
Sentimentos da semana na Cidade Maravilhosa
O programa de segurança e pacificação do governo deu resultados. Porém, também retaliações. Facções antes inimigas uniram-se em um único exercito de terror...
O mal estava nas ruas e o trabalhador pagou novamente a conta.
Porém o Rio já não estava só, o País mobilizou-se. Os fuzileiros subiram favelas. Apavorados, vilões fugiram a pé.
Hoje, o exercito chegou, comboios de camuflados e tanques cruzavam nossas ruas... Mas desta vez, a população que assisti tudo perplexa, aplaudiu.
Há no Horizonte a esperança de paz... Mas a guerra, essa apenas começou...