Direitos de Trabalhador
Levantar todos os dias às cinco horas da madrugada para trabalhar virou rotina, mesmo aos finais de semana saia da cama no mesmo horário.
Nunca chegou atrasado a empresa aonde trabalhava, o que estranhou naquele dia foi encontrar a entrada ainda fechada.
Logo outros funcionários colegas de trabalho foram chegando e aglomerando.
Alguém apareceu explicando: “Por motivo de força maior, só voltaria a abrir segunda-feira.” Ganhamos um inesperado final de semana prolongado, já que estávamos na quinta-feira.
Segunda-feira lá estávamos novamente, e de novo as portas continuavam fechadas.
Como o número de funcionários era muito grande, logo formou um tumulto na entrada o que obrigou seguranças e funcionários da administração a dar explicações.
E o que disseram deixou todos estarrecidos. A empresa fecharia as portas. Estávamos todos desempregados. Deveríamos todos ir ao sindicato da categoria para posterior homologação e verificação de direitos trabalhistas.
Assim como todos fiquei chocado. Trabalhando direto a mais ou menos três anos, só agora tiraria férias. Outro ponto preocupante a idade, teria que ir para o mercado de trabalho novamente.
A empresa na qual exercíamos nosso trabalho era a maior Dealer, representante da Telefônica, o melhor Telefonica sem acento circunflexo.
Começou um jogo de empurra-empurra na qual a empresa-mãe, pediu que não entrássemos na justiça contra ela que assumiria e honraria seus compromissos conosco.
Assim fizemos e durante quatro meses, sempre através do sindicato, ficamos no aguardo do tão sonhado acordo.
Findo este prazo, eis que a referida empresa, sempre através do sindicato, manda que procuremos nossos direitos na justiça, não sem antes ameaçar dizendo que nunca mais trabalharíamos no ramo se assim agíssemos. Quer dizer deu-nos um pé na bunda.
Ou seja: Não recebemos nossos salários, nossas férias, indenizações, comissões, multas e o que quer que seja que tenhamos direito.
Mas o mais importante “NENHUM PEDIDO DE DESCULPAS”, sim, pois, a sensação é de que fomos ROUBADOS.
“UMA EMPRESA QUE NÃO RESPEITA SEUS FUNCIONÁRIOS, COM CERTEZA NÃO RESPEITA SEUS CLIENTES”
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