Escreva e Emagreça
Acabo de ler o prólogo deste livro, escrito pela própria autora, Julia Cameron. E editado pela Fontanar, da qual nunca ouvi falar. O livro é até bonitinho. Comprei em Recife, Livraria Cultura, da última vez que fui lá. Cito o fato porque é impossível entrar lá e não sair com as mãos cheias de livros. Ou uma sacola inteirinha, que foi o que fiz.
Ela se diz especialista em criatividade e não em dietas. Realmente ela é muito criativa. Escreveu, com sua criatividade, um livro sobre dietas. Uma dieta inusitada – escrever para emagrecer. Teve o livro editado até no Brasil. Porque aqui não tem escritores e nossas editoras editam qualquer coisa que vem de fora. E eu compro, besta que sou. Eu me considero criativa e escrevo consideravelmente. Desde que comecei a escrever compulsivamente comecei também a engordar. Sento-me frente ao meu laptop cor de chuchu e a cada parágrafo escrito vou a cozinha comer ou beber. Sem nenhuma seleção. Não me parece que minha criatividade tenha diminuído.
Encontro uma verdade na afirmativa de que escrever nos torna mais conscientes. Mas a minha consciência ainda não chegou a esse nível. Ela passa longe da atividade alimentação x metabolismo. Talvez o problema seja este. Eu só uso a minha consciência para o que me interessa? Talvez minha consciência seja uma falsa consciência. Como as falsas magras. Ou as falsas gordas. Existem.
Ainda bem que a autora é previdente. Ela avisa que a dieta do escreva e emagreça funciona bem acompanhada de qualquer dieta. Eu me lembro de uma dieta que tentei seguir faz muitos anos. Era a dieta da maçã e leite. Não me lembro bem do resultado. A conseqüência foi um poema.
MAÇÃ E LEITE
O regime de maçãs e leite a gente faz na lua minguante.
nada mais é permitido a não ser, sete vezes ao dia,
comer maçãs e beber leite,
e nem pode ser de laranjas sumarentas
E abacaxis recendentes,
só de maçãs e leite, ácidas maçãs e ralos leites.
Eu, já faz pra mais de dez anos que estou nesta agonia,
verdadeira orgia de maçãs, sem folhas de parreira,
e, nem acabei com meus despudorados excessos
conseguindo ficar esguia
e muito menos com a triste situação que me apoquenta.
Quem souber de um novo regime, de mais valia,
que acabe com o vigente, sem muita serventia,
cá pra nós, me informe urgente.
(Do livro inédito de Poesias –Herança.)
A melhor dieta que conheço é a da boca fechada. A gente fecha a boca para a comida e a abre de três em três horas. Isso a gente faz na primeira semana, sem nenhuma seleção. Aí vai se pesar e constata que o peso aumentou. Então, se queremos mesmo emagrecer, tomamos tento e passamos a selecionar os alimentos. Para mim os doces são os maiores vilões, mas preciso deles. Quando realmente tomo uma decisão séria, só a ausência deles já me faz menos gorda. Mas como é ruim abrir mão da doçura da vida!
Mas, pelo sim pelo não, vou pelo menos ler o livro. E quem sabe usar as ferramentas que coloca a minha disposição.
Acabo de ler o prólogo deste livro, escrito pela própria autora, Julia Cameron. E editado pela Fontanar, da qual nunca ouvi falar. O livro é até bonitinho. Comprei em Recife, Livraria Cultura, da última vez que fui lá. Cito o fato porque é impossível entrar lá e não sair com as mãos cheias de livros. Ou uma sacola inteirinha, que foi o que fiz.
Ela se diz especialista em criatividade e não em dietas. Realmente ela é muito criativa. Escreveu, com sua criatividade, um livro sobre dietas. Uma dieta inusitada – escrever para emagrecer. Teve o livro editado até no Brasil. Porque aqui não tem escritores e nossas editoras editam qualquer coisa que vem de fora. E eu compro, besta que sou. Eu me considero criativa e escrevo consideravelmente. Desde que comecei a escrever compulsivamente comecei também a engordar. Sento-me frente ao meu laptop cor de chuchu e a cada parágrafo escrito vou a cozinha comer ou beber. Sem nenhuma seleção. Não me parece que minha criatividade tenha diminuído.
Encontro uma verdade na afirmativa de que escrever nos torna mais conscientes. Mas a minha consciência ainda não chegou a esse nível. Ela passa longe da atividade alimentação x metabolismo. Talvez o problema seja este. Eu só uso a minha consciência para o que me interessa? Talvez minha consciência seja uma falsa consciência. Como as falsas magras. Ou as falsas gordas. Existem.
Ainda bem que a autora é previdente. Ela avisa que a dieta do escreva e emagreça funciona bem acompanhada de qualquer dieta. Eu me lembro de uma dieta que tentei seguir faz muitos anos. Era a dieta da maçã e leite. Não me lembro bem do resultado. A conseqüência foi um poema.
MAÇÃ E LEITE
O regime de maçãs e leite a gente faz na lua minguante.
nada mais é permitido a não ser, sete vezes ao dia,
comer maçãs e beber leite,
e nem pode ser de laranjas sumarentas
E abacaxis recendentes,
só de maçãs e leite, ácidas maçãs e ralos leites.
Eu, já faz pra mais de dez anos que estou nesta agonia,
verdadeira orgia de maçãs, sem folhas de parreira,
e, nem acabei com meus despudorados excessos
conseguindo ficar esguia
e muito menos com a triste situação que me apoquenta.
Quem souber de um novo regime, de mais valia,
que acabe com o vigente, sem muita serventia,
cá pra nós, me informe urgente.
(Do livro inédito de Poesias –Herança.)
A melhor dieta que conheço é a da boca fechada. A gente fecha a boca para a comida e a abre de três em três horas. Isso a gente faz na primeira semana, sem nenhuma seleção. Aí vai se pesar e constata que o peso aumentou. Então, se queremos mesmo emagrecer, tomamos tento e passamos a selecionar os alimentos. Para mim os doces são os maiores vilões, mas preciso deles. Quando realmente tomo uma decisão séria, só a ausência deles já me faz menos gorda. Mas como é ruim abrir mão da doçura da vida!
Mas, pelo sim pelo não, vou pelo menos ler o livro. E quem sabe usar as ferramentas que coloca a minha disposição.