QUE MERDA!
Vocês devem estar se perguntando: o que aconteceu com a Giustina? Tomou um novo rumo, enveredando pelo caminho literário do palavrão? Estará ficando louca? Será que o texto do Millôr bagunçou os neurônios dela?
Nada disso, minha gente! Acontece que hoje dei um tropeção, machuquei o dedão e acabei dizendo um palavrão! E, neste exato momento, acabo de fazer uma rima! Que merda! Afinal estou escrevendo uma crônica e crônicas não têm rima! E já que estamos falando em merda, vamos aos fatos, digo, às origens dessa bela e mal cheirosa palavrinha.
Merda, do latim "merda" (tinha que ser latina!) é o resultado do processo digestivo (bem, isto todo mundo sabe!) e é também uma expressão usada popularmente. A "merda" popularizou-se tanto que, hoje, ninguém mais se ofende com ela. Virou uma palavrinha qualquer (pobrezinha!).
A expressão nasceu da língua francesa "merde", muito usada no teatro antigo (creio que ainda hoje é), entre os artistas, para desejar "boa sorte" ao entrar em cena. Isso porque o público ia em carruagens e as fezes dos cavalos ficavam amontoadas em frente ao teatro. Daí a associação "muita merda" com "muita sorte". Não dizemos, ainda hoje, que pisar em cocô dá sorte? Pois é! Nunca conferi, mas sei que é voz corrente.
Devido à raiz latina, a palavra é encontrada também em outras línguas, como merda em italiano, mierda em castelhano e merde em francês.
Alguns acham que essa palavra é a mais rica da língua portuguesa, pois tem várias utilidades: indicação geográfica (Onde fica essa merda?), sinônimo de covarde (Seu merda!), indicador visual (Não se enxerga merda nenhuma!), indicativo financeiro (Ele está na merda!), como admiração (Puta merda!). Pode ser usado também para vocês classificarem esta crônica (Eta textinho de merda!) e como indicativo de ocupação (Para tu teres lido até aqui, é porque não estás fazendo merda nenhuma!).
Bem, vou parar por aqui antes que alguém se irrite e me mande a m... Ah! Descobri até que tem o site "VDM": www.vidademerda.com.br
Fui!!!