Nós, os MAIORES culpados

Já dizia uma mente inteligente: contra fatos não existem argumentos. E o fato é que, o povo, salvo as exceções, não sabe fazer escolhas, sobretudo quando o assunto é eleger os dirigentes de nosso país.

Mas, quando o quesito é reclamação gratuita, aí o povo brasileiro sai disparado em primeiro lugar. Reclamam, reclamam, mas fazem a “gentileza” de deslocar palhaços de seus devidos “postos” para cargos públicos, transformando o que deveria ser um exercício de cidadania, em um verdadeiro circo de horrores. Salve, salve, Tiririca! É, aquele mesmo, do hit, “Florentina, Florentina...”

O dito cujo, foi eleito com mais de um milhão de votos, ou seja, foi o deputado mais votado do país. Parece piada, não é mesmo? Mas, não é. Como diria Renato Russo, em uma de suas canções, “Que país é esse? É a “porra” do Brasil”.

E como não poderia deixar de ser, o candidato acima referido, fez de sua marca, ou seja, a piada, o “gás” para alavancar sua campanha televisiva, afirmando não saber o que um deputado faz. O povo riu, achou graça e nesse embalo de palhaçadas, o elegeu.

E, ouso afirmar que, a possível “brincadeira” tem um fundo de verdade. A eleição do candidato em questão é, apenas, um dos grandes absurdos cometidos nas urnas.

Gente, o voto é livre e cada um tem o direito de expressar sua opinião da maneira que lhe for mais conveniente, porém, nem sempre conveniência rima com competência, e é por essas e outras que depois que o “caldo entorna”, não adianta chorar.

Vejam bem, não sou uma “antitiririca”, sou apenas, uma cidadã consciente a favor de uma política justa e honesta. Portanto, cada macaco no seu galho. Se o cara é bom fazendo palhaçadas, ótimo, mas cargo político não é para isso. Que entrem, de fato, pessoas que queiram mudar e fazer algo em favor das massas, e não alguém que possivelmente nem sabe ler.

Como vai propor leis? Como vai escrever os projetos? Como vai votar as leis propostas por outros? Mamãe - mandou - escolher - esse - daqui? Essa brincadeira está restrita às crianças que, diga-se de passagem, a maioria hoje em dia, nem sabe do que se trata.

O Brasil é um país com diversas riquezas e lindo por si só, mas é preciso que o povo colabore para que cresça cada vez mais. Só possuir riquezas não é o bastante para que se desenvolva, é preciso ter pessoas capazes de direcioná-lo.

Penso que deveria haver mais rigor para os possíveis candidatos aos cargos públicos. Só ter a ficha limpa, não é o bastante, tampouco apresentar uma declaração de próprio punho, afirmando ser alfabetizado. Quem se propõe a “trabalhar” para o povo tem que saber e entender as necessidades do mesmo.

E ao povo, um recado: não basta reclamar, é preciso, antes de qualquer coisa, ter dignidade ao escolher quem nos representará por, no mínimo, quatro anos. Nós podemos exigir, pois, quem paga o salário de cada um deles, somos nós mesmos.

Portanto, que votemos com sabedoria neste segundo turno e nas próximas eleições, porque se continuarmos elegendo outros Tiriricas por aí, os maiores culpados pelo caos na política seremos, apenas, nós mesmos.