A POESIA DE YASMINE LEMOS
“Todo amanhecer o passado leva um pouco de mim.
Não sou passado, sou uma vontade no presente.
Juntando o agora, colando pedaços,
me achando entre espaços vagos.
Portais de pensamentos.
Que também não será o futuro,
pois está formando o instante.
Como num sopro, apago a página inteira.
Dentro de mim, resta a história.
Cenário roubado:
Dias alegres.
Outros nublados.”
(Yasmine Lemos – Rascunhos)
Gosto de ser surpreendida por novas descobertas. Aprecio as novas colheitas, sem a frivolidade gritante, a incompetência galopante de quem se arvora o título de ser o que nunca foi, mas imagina ser.
Bendita seja a sensibilidade da alma poética, que escolhe as palavras certas para construir versos com um tiro certeiro, no alvo escolhido: nosso coração. Benditas frases que constroem poemas, sílabas que constroem rimas. Rimas ocultas, rimas ricas, rimas dispersas, não importa, pois elas sempre rimam com a alma.
Bendita seja, Yasmine Lemos, por sua alma de poeta, sua sutileza e sensibilidade, que sabe escolher as palavras que constroem versos que, por sua vez, vão formando poemas. Poemas que atingem nossa alma, em tão profunda e vertiginosa rapidez, que acalma.
Conhece-se o poeta, por sua obra e pelo tamanho de sua alma, presença marcante em cada linha que pensa e transcreve para o papel. Yasmine Lemos é assim. Poeta de alma pura, gentil, sensibilidade à flor da pele que vai se mostrando em cada verso que escreve e nos encanta. Suas palavras são desprovidas de eufemismo. Possuem, antes, a metáfora inteligente e sutil que só os mestres da poesia podem ousar.
Obrigada, Zélia, amiga querida, que aprendi a amar tão logo a percebi e que, na generosidade que lhe é peculiar, fez esta ponte entre nossas almas de poeta.
Obrigada, Yasmine Lemos, pelo presente inesperado de RASCUNHOS que fez minha alma se iluminar e meus olhos te perceberem, neste universo chamado poesia.