SER BORBOLETA

SER BORBOLETA

A borboleta é a espécime do reino animal que mais me fascina, porque ela consegue ser delicada, bela e ao mesmo tempo é um símbolo de força; uma força que transcende toda forma lógica e racional de ver o mundo. Como bem disse um amigo: “compreender ser borboleta é entender a própria existência”.

Um dia, uma lagarta gorda e meio desajeitada, constrói um casulo. Um invólucro feito de finos fios macios e delicados, ao qual o homem denominou de seda. Lá ela entra e se fecha por um longo período. A maioria de nós, seres humanos, vivemos como essa lagarta, trancados num casulo que construímos com os fios das ilusões carnais. Fios que também se mostram macios e sedosos, e que por isso, exercem sobre nós, um enorme fascínio. E o que acontece então? Ficamos presos à vida inteira. Tecendo fios sobre fios, sempre no afã de pequenos momentos de prazer. Esquecemos, porém, que a lagarta não se apega ao seu casulo, ele é apenas um meio necessário à sua transformação. É uma etapa na sua existência que deve ser vivida com toda intensidade, mas que deve ser ultrapassada. E sabedora disso, a lagarta, acumula toda experiência de que necessita para surgir como uma magnífica borboleta, que feliz abandona seu casulo e alça vôos na conquista de novos mundos, que vão lhe tornar mais sábia.

Ao contrário da desajeitada lagarta, que se metamorfoseia na linda borboleta, passamos toda existência agarrados a um casulo de ilusões passageiras e devido à escuridão ficamos cegos e não conseguimos mais enxergar as múltiplas formas de belezas que nos cercam.

Ser borboleta é sermos eterno enquanto dure o agora. É com amor enfrentarmos nossas lutas e glórias diárias, porque temos consciência de que são passageiras e de que delas saímos mais fortes e sábios.

IAKISSODARA CAPIBARIBE.

IAKISSODARA CAPIBARIBE
Enviado por IAKISSODARA CAPIBARIBE em 03/10/2006
Código do texto: T255543