UM PASSEIO A SERRA DO CIPÓ/SANTANA DO RIACHO/MG - BRASIL

UM PASSEIO A SERRA DO CIPÓ/SANTANA DO RIACHO/MG – BRASIL

Neste último domingo partimos para um passeio que se tornou uma aventura. Passeamos na Serra do Cipó, e precisamente na cidade de Santana do Riacho. Nossa primeira surpresa. A estrada está 70 % asfaltada. Nossa segunda surpresa ficamos sem carro para seguir viagem antes da chegada ao trecho asfaltado às 13:30 h. Nossa terceira surpresa: um padeiro, um anjo do Senhor veio ao nosso socorro e felicidade.

Santana dista de Belo Horizonte/MG 132 km, passando pela Linha Verde, por Lagoa Santa e por São José de Almeida. É vista de encher os olhos. É paisagem de ficar gravada por longo tempo. É a natureza exuberante e lindamente generosa.

Fomos rebocados até o bairro Mangabeira. Nome devido a mangaba existente em abundância. Ali o Sr. José Machado é o líder local. Ali está a encruzilhada da estrada. Ali nos fartamos. Ali o queijo de Minas é delicioso. Ali há histórias para se ouvir e contar. Veja o que o peão Ademir contou: uma vaca sentida é uma vaca magra. Ele e Machado são tão amigos que são como uma garrucha: um arma e o outro puxa... E a ¨branquinha¨ é da melhor qualidade. Assim falou e assim disse: o galo não cisca... Ele toma conta das galinhas... Bica uma minhoca e escolhe qual das galinhas vai comê-la.

Em Santana está um bom mecânico de autos: O Marlon, filho do Mateus e da Creuza, que depois de criar os ¨filhotes¨, e apoiada pelos netos voltou à escola para completar os estudos iniciados em criança. Ela disse estar adorando.

Em Santana estão gente como o Roberto Bispo, a Dirce, o Willian, o Valdir e a Maria do Rosário, a Adalete, o Toninho e a Aparecida, o Cirilo, A Fatinha, o Chiquinho, a Gorete, A Bebel, o Aparecido, A Mariazinha, o Jacaré, a Neusa, o Cecé, o Marquinho e esposa, O Reis e a Dalva, o Agnaldo, a Hilma, o Ederson, a Naná, o Juquinha, o Silas, o José Vaz, o Murilo e a Júlia, e tantas outras pessoas de bem e que fazem da Região um solidário lugar de Minas para se viver e conviver.

Chegando a Serra do Cipó, adentramos a estrada de cascalho. Rodamos por alguns quilômetros. E aí... E aí... O Fiat começou a fraquejar. Nada de subir o morro. Tchê... E agora José? Tá danado! O bichim não subia o morro nem com reza brava. Mas, como tínhamos Terço no carro, demos a ideia a minha namorada Mira de rezarmos o Terço, e, ela de pronto concordou... Então começamos as primeiras invocações terças. E... E... Antes de as terminar eis que o Senhor Deus, onipotente e uno, o Alfa e o Ômega, enviou-nos Anjos e um deles, o padeiro, e outros jovens-anjos estavam de plantão. Um Anjo bom surgiu na estrada. Dois anjos desceram do morro. E um deles tinha carro com rebocador e tudo. Maravilha!

Fomos rebocados até o topo do asfalto e depois até a Mangabeira. O moço não quis dinheiro. Agradecemos e ficamos no bar-mercearia do Zé Machado, a espera do socorro-mecânico que não tardou a chegar. E é por isso e tudo mais que acreditamos em Milagres.... Chegamos a Santana do Riacho às 18:00 h com a tarde morrendo detrás das montanhas. Ufa! Que sufoco... Que aventura... Que domingo feliz!

Permanecemos naquele paraíso até segunda-feira. Regressamos a Belo Horizonte/MG pela manhã de terça. O Fiat estava com motor revigorado: subiu morros e desceu montanhas. Na estrada quase em Lagoa Santa/MG começou a chover e aos poucos o movimento da Capital foi nos enchendo os olhos e os ouvidos. O passeio foi proveitoso mesmo com o contratempo do carro. E a chuva chovia a cântaro... E a natureza agradecia desabrochando flores, encampando e festejando a primavera.

Miracy, a minha querida namorada, adorou conhecer Santana; ela é corajosa... Ela é mulher... Ela é brasileira... Que domingo de felicidade. Que domingo aconchegante e registrado em nossa memória. Que poder rejuvenecedor. Que glória. Que vitória!

É por estas coisas e outras coisas que minha fé em Deus é incontestável. É por causa da chuva que cai serena é que acredito no ser humano!

F I M.

Luiz Limagolf.