Ira (o) nia
Não, este texto não é pra você! Para de se achar tão importante e de pensar que tudo que eu escrevo é pensando em algo que você já tenha dito. Tá, acabou que este texto fica sendo pra você sim. É, não teve jeito! Mas lembre-se, não é uma homenagem. Eu começo a falar daqui, porque, uma das coisas que mais me irritam, é o julgamento das pessoas. Falar de alguém é uma coisa, comentar uma característica, também é uma outra coisa; mas falar que tal coisa é do jeito que você enxerga, aí é demais. E o que ocorre nesse caso? Ira! É, é exatamente isso que acontece comigo, entre tantas coisas. Pra que vai servir eu pensar e sentir isso se não divulgar ou externar isso de mim?
Pra falar de ira, tem que começar com uma coisa que a gente se incomode muito e sinta muita raiva. Então, creio que iniciei bem este texto. Julgamento é uma característica de pessoas elevadas, aquelas que sempre têm razão. Elas falam com a verdade nos lábios. Se o mundo fosse construído dessas verdades, nada, repito: nada, no mundo seria mais perfeito! É de se encher os olhos de magia e alegria. Tudo fica perfeito quando essas pessoas profetizam e dizem exatamente o que é. Pra que discutir com seres tão perfeitos? Eu, na minha vã inocência de pecador e imperfeito, já tentei dissuadir pessoas com esse dom. Claro que foi uma coisa ruim, e bota ruim nisso. Mas a perfeição desses seres não acaba aí. É claro que eu também tentei concordar com eles... e adivinhem o que aconteceu? O óbvio, eu digo. Eles continuam a promulgar suas certezas e impor os seus princípios. É um espetáculo e tanto, garanto a vocês. Se um dia tiverem a oportunidade de presenciarem um desses magistrais e indizíveis seres, recomendo: não percam essa chance! (hoje eu me esbaldei na ironia)
É patético eu falar de ira através de coisas assim, mas como calar meus sentimentos devastadores que quase me consomem? Pensei e refleti por algum tempo (uns três segundos) e decidi, por fim, meter o pau neles. Então, se você é um desses que se acham os substitutos de Deus na terra, aproveitem o momento e se julguem, confiram-se. Olhem todas as merdas do mundo e pensem: o que é que eu faço de igual a isso? Se mesmo assim não achar nada de comum entre vocês e realmente ver que não há nada errado com a perfeição (o que é o mais certo de acontecer), obliterem-se da vida. Aja saco pra ouvir cinco minutos de gente que quer saber da gente mais do que a gente mesmo. E outra, se pensa que investigar passo a passo a vida das pessoas, conferindo-nos todos os movimentos, não é cuidar da vida nossa vida, eu dou aqui mais uma dica: se jogue no inferno!!!
Esse texto eu dedico a todos os meus supostos fãs! Queimem!!!